Pistas na areia significam morte para as tartarugas: não utilize o seu carro na praia!
Um dos mais belos espetáculos, que permite a sobrevivência desta espécie marinha, ocorre na zona costeira; infelizmente, a utilização de veículos danifica os seus habitats.

Este incrível réptil, presente no planeta há mais de 150 milhões de anos, conseguiu sobreviver até aos dias de hoje graças aos seus cuidados e proteção. Apesar dos esforços para o proteger, está em perigo de extinção.
As diversas espécies de tartarugas marinhas acasalam no mar durante o seu ciclo reprodutivo, mas a nidificação e a postura ocorrem na zona costeira. Estas constroem os seus ninhos na areia da praia.
Preocupantemente, têm uma taxa de mortalidade extremamente elevada. Infelizmente, apenas um em cada 1.000 ovos sobrevive até à idade adulta. Devido aos graves danos nos seus habitats, estima-se que cerca de 65% da população mundial de tartarugas marinhas esteja em perigo.
Para além dos danos causados pelos veículos que circulam pela praia onde nidificam, existem outros fatores que as colocam em risco. As tartarugas marinhas também se revelaram altamente vulneráveis.
Várias ameaças a esta espécie
Outro fator que contribui para a perda de habitat das tartarugas são as alterações climáticas, sendo que o calor influencia a nidificação das tartarugas marinhas de diversas formas, afetando a sobrevivência e o futuro das suas populações. O efeito mais conhecido e preocupante é a determinação do sexo das crias.

O nível de pressão sobre estes répteis é incrivelmente elevado. Isto é motivo de grande preocupação para os investigadores e grupos ambientais encarregados de os proteger. Os esforços para os preservar devem ser redobrados, a pesca ilegal deve ser travada e as restrições devem ser reforçadas com penalizações exemplares.
Microplásticos em ecossistemas marinhos
Para além dos riscos que estas espécies enfrentam devido à ação humana direta e à predação, outra ameaça que nós, humanos, também representamos para elas é a imensa quantidade de plástico que acaba no mar, causando-lhes múltiplos danos.
Para dar uma ideia mais clara da magnitude do problema dos plásticos depositados no mar, estima-se que uma ilha situada a poucos quilómetros do continente tenha cerca de 18 milhões de toneladas de plásticos e microplásticos espalhados por toda a costa.
Danos plásticos de vários tamanhos
Os plásticos aparecem em qualquer praia, independentemente da distância de uma costa próxima. O público em geral está ciente dos danos que este grande material causa às tartarugas; muitos destes danos estão relacionados com estrangulamento, asfixia e desnutrição.
Embora os microplásticos, para além de terem a capacidade de libertar uma quantidade significativa de toxinas, também possam ser facilmente ingeridos, este pequeno material tem também a capacidade de alterar significativamente a temperatura do solo.
Preserve e mantenha os ovos em segurança
Os biólogos estão entre o grupo de especialistas responsáveis por cuidar e preservá-las. Estes especialistas explicam que, assim que as tartarugas constroem os seus ninhos e depositam os seus ovos, regressam ao mar. A sua missão como investigadores é manter os ovos seguros.
A sua árdua tarefa inclui monitorizá-los para garantir a reprodução do maior número possível de crias e preservá-las até à sua libertação na mesma praia onde a mãe as depositou. É muito importante manter os ninhos das tartarugas protegidos.
Vamos agir hoje
Muitas espécies partilham a necessidade de sedimentos arenosos para manter um nicho térmico estável. Quando visitar zonas costeiras, lembre-se que diversas espécies habitam este ecossistema.
Note que podem haver ninhos de tartarugas na sua região: respeite-os! É também muito importante lembrar que todos os resíduos gerados devem ser eliminados nos contentores designados.
Vamos travar a deterioração da sua casa
A velocidade com que os habitats das tartarugas marinhas continuam a deteriorar-se depende da preservação e do cuidado que nós, humanos, temos com a espécie, ou da falta de cuidado e indiferença que temos.
Por outro lado, lembremo-nos que partilhamos o mundo com esta e muitas outras espécies. Pense globalmente e respeite o seu ambiente. A sobrevivência das tartarugas depende em grande parte do nível de consciência e das ações que tomamos para as proteger.