Ingere demasiadas proteínas? Cuidado, os cientistas dizem que consumir em excesso é mau para a sua saúde!
Para uma alimentação equilibrada, todos conhecemos a fórmula: legumes, hidratos de carbono e, claro, proteínas. Mas embora estas últimas sejam essenciais para o nosso organismo, os investigadores concordam que não devem ser consumidas em excesso.

Proteínas, mas não em excesso. Como sempre, é uma questão de equilíbrio. A importância da proteína na dieta diária está bem estabelecida. Desde os ovos ao frango e ao salmão, apresenta-se sob diversas formas e é frequentemente a estrela do prato. Combinando-a com legumes, como feijão verde ou brócolos, e alimentos ricos em amido, como massa ou arroz, cria a refeição mais equilibrada.
Mas então, pode comer demasiadas proteínas?
Em 2018, investigadores finlandeses seguiram 2500 participantes do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 42 e os 60 anos. No total, o acompanhamento durou 22 anos, com relatórios semanais. Foram identificados nada menos que 334 casos de insuficiência cardíaca. A culpa é da ingestão excessiva de proteínas. Mas o relatório dos cientistas não se fica por aqui.
As proteínas animais aumentam o risco de doenças cardiovasculares
Eles também apontam que as proteínas vegetais, como o grão-de-bico ou as lentilhas, são muito melhores para a saúde, pois apresentam um risco menor de insuficiência cardíaca do que as proteínas animais (1,17 contra 1,43). Por isso, o ideal é optar por uma combinação subtil das duas e integrá-las numa dieta diária equilibrada.
De facto, não se trata de banir as proteínas para sempre - não me interprete mal! A proteína é uma fonte de aminoácidos e é absolutamente essencial para o sistema imunitário, para a pele e até para os músculos. Há uma razão pela qual os desportistas nunca faltam às proteínas: consomem-nas sob a forma líquida, graças à whey, uma proteína de soro de leite em pó que é misturada com água.

Mas o excesso de proteínas também não é muito bom. Em fevereiro de 2024, cientistas da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, publicaram um estudo na revista Nature. O estudo revelou que uma ingestão de proteínas superior a 20% na dieta geral pode aumentar o risco de ataque cardíaco ou AVC. E este tipo de doença não é o único a ter em conta.
No passado mês de junho, o Clinical Journal of the American Society of Nephrology publicou um estudo que salientava o risco específico para os rins e para as pessoas com doença renal crónica.
Por último, as pessoas com problemas de fígado também correm um risco acrescido, uma vez que a função deste órgão é destruir os aminoácidos fornecidos pelas proteínas e pode ser danificado por uma sobrecarga proteica. Em suma, as proteínas são essenciais, mas é preferível variar o consumo de proteínas animais e vegetais e consumi-las com moderação.
Referências da notícia
Selon une étude, manger trop de protéines peut être nocif pour la santé cardiaque