Tempo em Portugal na próxima semana: até 100 mm no Minho e perto de sessenta nestas regiões

Vai começar uma semana chuvosa em Portugal, com a precipitação acumulada em várias regiões a ultrapassar facilmente os 50 mm. O tempo estará ameno em geral, embora com uma descida temporária das temperaturas a partir de quarta-feira (5).

O tempo da próxima semana vai continuar a ser dominado pela chuva, sobretudo no Norte e Centro de Portugal continental, devido a uma dinâmica atlântica ativa, constituída pela passagem de sistemas frontais. O índice NAO mudará para valores ligeiramente positivos, o que significa que o anticiclone ganhará algum terreno a partir do sudoeste de Portugal continental, embora sem conseguir manter a sua influência durante muitos dias.

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Vai começa uma nova semana amena em termos de temperaturas, ainda sem perspetiva de entrada de frio intenso. Nos primeiros dias da semana as temperaturas máximas e mínimas manterão valores ligeiramente acima para a época do ano, mas a partir de quarta-feira (5) espera-se uma descida térmica.

Vão cair até 100 mm de chuva no Minho

A próxima semana vai voltar a ser muito chuvosa em grande parte da geografia de Portugal continental e no arquipélago dos Açores, com anomalias positivas de precipitação devido ao fluxo de ventos atlânticos. Pelo contrário, no arquipélago da Madeira, espera-se uma semana tendencialmente seca, com níveis de precipitação inferiores aos valores médios de referência.

Este mapa revela a possibilidade de uma nova frente fria atingir em cheio todo o território de Portugal continental na próxima quarta-feira (5), trazendo mais períodos de chuva moderada e persistente, por vezes forte.

Segunda-feira (3) será um dia de transição, com tempo estável e seco em quase todo o território do Continente. Porém, a partir do fim da tarde, são esperados alguns aguaceiros fracos no Minho, Douro Litoral e nalguns locais montanhosos do Norte e Centro devido à aproximação de um novo sistema frontal.

Na terça-feira (4) de manhã prevê-se a possibilidade de aguaceiros fracos e dispersos entre Douro e Tejo e nalgumas zonas do litoral a sul do Tejo, sendo que, na segunda metade do dia, uma frente provocará vários períodos de chuva fraca, mas persistente, que se limitará principalmente aos distritos de Viana do Castelo e Braga (Minho), Porto (Douro Litoral) e extremo norte do distrito de Vila Real.

A precipitação acumulada no Noroeste de Portugal continental rondará os 5/10 mm ao final do dia de terça-feira (4) e só não será um valor mais elevado, porque a frente fria será travada pelo predomínio da crista anticiclónica. No resto do país estará céu nublado ou parcialmente nublado.

Mapa de precipitação acumulada em Portugal continental, Açores e Madeira. O Noroeste do Continente poderá ser novamente a zona mais afetada pela precipitação na semana vindoura.

Na quarta-feira (5) a crista anticiclónica já não estará robusta o suficiente para impedir a progressão da frente fria, que avançará de noroeste para sudeste de Portugal continental, gerando chuva em todo o país, embora com maior probabilidade e frequência nas regiões a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela e sobretudo naquelas que se situam a oeste da Barreira de Condensação. Além disso, será reforçada por um rio de humidade que tornará a precipitação mais forte e persistente.

Prevê-se que quarta-feira (5) seja mesmo o dia mais chuvoso da semana, não se excluindo a potencial ocorrência de trovoadas em várias zonas do Centro e Sul.

De momento, os mapas estimam que a ocorrência de atividade elétrica seria mais provável, frequente e intensa nas regiões entre o Mondego e o Algarve, podendo de forma mais dispersa surgir no litoral Norte. Como já é habitual em fenómenos atmosféricos desta natureza, a incerteza é bastante elevada.

De acordo com os mapas de referência da Meteored, ao final do dia de quarta-feira (5), a precipitação acumulada no Minho poderá rondar os 80 mm, e nos distritos de Porto, Aveiro, Viseu, Coimbra e Guarda - total ou parcialmente - poderá atingir um máximo de 60 mm.

De momento, os mapas de densidade de raios estimam que a ocorrência de trovoada é mais provável nas zonas entre o Mondego e o Algarve.

Ainda de acordo com o modelo Europeu, espera-se que na quinta-feira (6) persista alguma precipitação de fraca intensidade, mais provável no litoral Norte e Centro - sobretudo na primeira metade do dia -, devido à presença da frente fria que ainda estará sobre o nosso território, embora já em fase de dissipação. O resto do dia de quinta-feira (6) deverá ser mais estável, sem chuva e com nebulosidade.

Mas a estabilidade não durará muito, dado que passadas nem 24 horas, os mapas denunciam a chegada de uma nova frente atlântica que trará, possivelmente a partir das primeiras horas da madrugada de sexta-feira (7), mais períodos de chuva fraca a moderada às Regiões Norte e Centro e possivelmente a algumas zonas da Área Metropolitana de Lisboa.

Semana amena à vista, mas com anomalias até +3 ºC nalgumas zonas

O modelo Europeu é claro: a próxima semana será amena em Portugal continental, com temperaturas até 1 ºC acima do normal, exceto na Região Norte, na parte setentrional da Região Centro e nalgumas zonas do Alentejo (anomalia térmica positiva de + 3 ºC).

Após uma fria madrugada de segunda-feira (3), até quarta-feira (5) as temperaturas máximas serão iguais ou superiores a 19/20 ºC em várias capitais distritais, com o termómetro a poder atingir 22 ºC em Évora e Faro e 23 ºC em Beja. Porém, de quinta-feira (6) em diante os dias tornar-se-ão mais frescos, com máximas entre os 11 e os 18 ºC em grande parte da geografia de Portugal continental.

As noites serão bem mais frias nas regiões do Interior, sobretudo no Nordeste Transmontano e na Beira Alta, com as mínimas a poderem baixar até aos 3 ºC. Nas regiões do Litoral, as temperaturas manter-se-ão entre os 10 e os 14 ºC devido ao vento atlântico que produzirá um efeito de termorregulação. A descida térmica será especialmente sentida a partir de quarta-feira (5) em todo o país, embora com mais ênfase nas regiões do Interior, onde os valores das temperaturas mínimas serão mais baixos.