O modelo Europeu já marcou a data da próxima frente com chuva que afetará Portugal continental

Após a passagem de uma frente fria este sábado (1), dentro de alguns dias prevê-se que um novo sistema frontal, reforçado por um rio de humidade, atravesse Portugal continental, deixando chuva forte e trovoada.

A primeira metade deste sábado, 1 de novembro, feriado e Dia de Todos os Santos, foi condicionada pela passagem de uma frente fria muito ativa, alimentada por um rio de humidade, sobretudo nas Regiões Norte e Centro, o que se traduziu em vários períodos de chuva persistente e pontualmente fortes.

Entretanto, ao início da tarde deste sábado (1) o sistema frontal, ao deslocar-se mais para leste, permitiu um desagravamento do estado do tempo no Norte e Centro de Portugal continental - onde o céu já está menos nublado e com boas abertas a surgir - prevendo-se agora que gere alguma instabilidade e períodos de chuva ou aguaceiros durante boa parte da tarde de hoje (1) em pontos isolados do Nordeste Transmontano e Beira Alta, na Beira Baixa, Alentejo e algumas zonas da Grande Lisboa e Península de Setúbal.

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Após a passagem da frente deste sábado (1), a partir de terça-feira (4) Portugal continental será novamente atingido por um sistema frontal atlântico muito ativo, que será reforçado por outro rio de humidade procedente das latitudes subtropicais.

A precipitação dificilmente ocorrerá no Algarve, mas se tal acontecer será muito esporádica e residual. Já para domingo (2) prevê-se um tempo maioritariamente seco, estável e com alguma nebulosidade, não se excluindo a possibilidade de chuviscos fracos no Noroeste Minhoto. Porém, de um modo geral, a geografia de Portugal continental será influenciada pela presença da crista anticiclónica (altas pressões).

Melhoria temporária, novas mudanças chegarão a partir do Atlântico

Domingo (2) e segunda-feira (3) serão dias de transição, com as altas pressões, pouco robustas, mas eficazes, a subir em latitude e a espraiar-se, primeiro sobre a Península Ibérica e depois pelo continente europeu adentro. As madrugadas destes dois dias, especialmente a de segunda-feira, 3 de novembro, serão bastantes frias no interior Norte e Centro, nomeadamente em cidades como as de Bragança e Guarda, onde se preveem mínimas inferiores a 5 ºC, dado que o céu estará limpo ou pouco nublado em quase toda a nossa geografia.

Na próxima quarta-feira, 5 de novembro, prevê-se que uma nova frente fria percorra todo o país de oeste para leste, com a chuva, persistente e pontualmente forte, a ser reforçada por outro rio de humidade.

No final do dia de segunda-feira (3) a concentração de nuvens a média e alta altitude aumentará em grande parte do país, embora com maior incidência nas regiões a oeste da Barreira de Condensação, sinal da iminente chegada de uma nova frente.

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Poderá precipitar ainda antes da meia-noite de terça (4) no extremo oeste do Minho, com a chuva prevista para terça-feira (4) a concentrar-se praticamente toda nos distritos de Viana do Castelo e Braga, surgindo por vezes no distrito do Porto, em zonas do distrito de Vila Real e de forma mais dispersa noutros locais do Norte e do Centro.

Uma frente muito ativa atravessará Portugal de oeste para leste

Na quarta-feira (3) o modelo Europeu (ECMWF) prevê que a frente atravesse todo a geografia de Portugal continental, de oeste - a começar no Minho e Douro Litoral - para leste, abrangendo o interior Norte e Centro e inclusive chegando às regiões mais meridionais, como o Alentejo e o Algarve. Além disto, espera-se que a chuva gerada pela frente seja reforçada por um rio de humidade vindo do Atlântico.

Na quarta-feira (5) os mapas de referência da Meteored preveem chuva fraca a moderada em todo o país, sendo por vezes forte, numa fase mais inicial no litoral Norte e Centro, umas horas mais tarde nas terras altas do Norte e Centro correspondentes à zona da Barreira de Condensação, e já mais para o meio/fim da tarde na Beira Baixa e no Alto Alentejo. Adicionalmente, é expectável que nalgumas zonas do Norte e do Centro a precipitação seja acompanhada de trovoada.

Um rio de humidade proveniente das latitudes subtropicais vai reforçar a frente que começará a afetar Portugal continental a partir de terça-feira (4).

Embora ainda persista alguma incerteza, nos dias posteriores, isto é, a partir de quinta (6) ou sexta-feira (7) é provável que se instale um padrão NAO+ durante alguns dias, o que se traduziria na circulação de depressões sobre as latitudes altas e na subida em latitude da crista anticiclónica, que começaria a surgir pelo sudoeste de Portugal continental. Não obstante, espera-se a chegada de novas frentes atlânticas que, mais ou menos ativas, resultariam na ocorrência de chuva, principalmente no Minho e no Douro Litoral. De momento, não se vislumbra a entrada de uma massa de ar frio intenso.