Onda de calor continuará em Portugal: aviso amarelo por temperaturas elevadas persiste, eis as regiões mais afetadas!

Portugal permanece sob calor intenso: temperaturas muito acima da média, risco máximo de incêndio e noites quentes nos próximos dias. Agosto começa com avisos meteorológicos em vários distritos de Portugal Continental.
Portugal atravessa uma das fases mais prolongadas e intensas de calor do verão de 2025, com temperaturas persistentemente muito acima dos valores médios para esta época do ano. A onda de calor iniciada a 24 de julho já dura há mais de uma semana, e não há, para já, sinais claros de abrandamento. Pelo contrário, os modelos meteorológicos mais fi��veis indicam que o calor poderá intensificar-se nos primeiros dias de agosto.
Temperaturas mantêm-se elevadas nos próximos dias
A previsão para esta quarta-feira, 30 de julho, mantém a tendência de céu geralmente limpo ou pouco nublado e tempo seco. O vento, soprará para noroeste durante a tarde, sobretudo no litoral oeste. Esta direção do vento poderá trazer uma ligeira descida das temperaturas nas regiões costeiras centrais, embora no interior do país os termómetros continuem a registar valores muito elevados. No Algarve, prevê-se mesmo uma pequena subida das máximas, após a ligeira descida registada na terça-feira.
As temperaturas máximas poderão ultrapassar os 38 ºC em algumas áreas do Sul do país, mas o que agrava ainda mais o cenário é a ausência de arrefecimento noturno. As noites têm sido marcadas por temperaturas anormalmente elevadas, muitas vezes acima dos 25 ºC, originando noites tropicais ou mesmo tórridas em várias localidades do interior e litoral. A ausência de inversão térmica e a persistência de ventos quentes e secos durante a madrugada impedem a dissipação do calor acumulado durante o dia.

As autoridades mantêm os alertas de risco máximo de incêndio para a generalidade do território continental. A combinação de vento seco, humidade muito baixa e calor extremo cria condições propícias à ignição e rápida propagação de fogos florestais. As equipas de proteção civil e os bombeiros estão em alerta máximo, e a população é chamada a redobrar os cuidados, evitando qualquer atividade de risco e reportando de imediato qualquer foco de incêndio.
Para quinta-feira, 31 de julho, o cenário mantém-se semelhante, com ligeiras variações locais. A persistência da dorsal africana sobre a Península Ibérica e a rotação anticiclónica das massas de ar quente sustentam o calor, tanto de dia como de noite.
Apesar de algumas oscilações na direção do vento, nomeadamente a presença de nortada durante a noite e vento de noroeste durante o dia, não se antecipa uma mudança significativa no padrão meteorológico. Pelo contrário, prevê-se que a intensidade do calor possa aumentar no início de agosto.
Avisos meteorológicos mantêm-se em vários distritos até 2 de agosto
Embora as previsões apontem para a melhoria das condições meteorológicas no litoral nos próximos dias, os avisos meteorológicos do IPMA apontam para 13 distritos em alerta amarelo até ao dia 2 de agosto, menos 4 distritos do que os que vigoram até esta quinta-feira.
As previsões de médio prazo apontam para um novo pico de calor entre os dias 3 e 6 de agosto. Os modelos ECMWF indicam que as temperaturas poderão ultrapassar os 40 ºC em vários pontos do interior do país.
As anomalias térmicas deverão situar-se entre +3 e +6 ºC acima da média climatológica em quase todo o território continental, com exceção de alguns pontos do litoral e das regiões mais a sul, onde os desvios serão mais moderados, mas ainda assim preocupantes. Lisboa, Setúbal, Faro, Beja e o litoral dos distritos de Coimbra e Leiria deverão registar desvios entre +1 e +3 ºC.
Com agosto à porta e os mapas a indicar uma continuidade do calor extremo, as preocupações aumentam quanto ao impacte prolongado nas reservas hídricas, na saúde pública e na capacidade de resposta aos incêndios. A ausência de precipitação significativa a curto prazo agrava a situação, sendo que, mesmo em agosto, a chuva costuma ser rara e de carácter convectivo, ou seja, intensa, mas localizada e difícil de prever.