Cinco plantas ideais para usar como vedação para criar fronteiras naturais de privacidade

Num jardim os limites não precisam de ser frios e rígidos. Uma vedação viva pode dar sombra, cor, textura e até uma certa personalidade ao seu terreno. Cinco opções para criar a sua fronteira verde.

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As vedações vivas combinam função, estética e crescimento do paciente.

Há quem construa muros e quem prefira estabelecer limites mais naturais, respiráveis e vivos. Uma sebe frondosa e colorida veste o espaço, acompanha as estações e suaviza a fronteira com o vizinho.

Num país tão diverso como o nosso, há espécies que funcionam desde Misiones até à Patagónia, cada uma com o seu próprio carácter e ritmo. Aqui tem cinco opções infalíveis para formar um limite verde e duradouro.

1. Ligustrina (Ligustrum ovalifolium)

A ligustrina é o clássico dos jardins argentinos. Cresce rapidamente, tolera a poda sem reclamar e forma paredes verdes bem cuidadas mesmo em passeios estreitos. Quando o solo é bom, atinge a “altura da sebe” num ano e meio. Produz uma massa compacta de folhas verdes brilhantes e, se for deixada livre, atinge 3 ou 4 metros.

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A Ligustrina constrói paredes verdes densas num curto espaço de tempo.

Rega: tolera bastante bem a falta de água, mas prospera com uma rega moderada a cada dois ou três dias no verão.

Sol: prefere o sol pleno, embora aceite uma sombra parcial.

Poda: o ideal é uma poda pesada no fim do inverno e uma poda ligeira durante a estação quente.

2. Photinia (Photinia x fraseri)

A Photinia (ou fotínia) é uma planta que chama a atenção: os novos rebentos são de um vermelho vivo e depois tornam-se verdes. É mais lenta do que a ligustrina e leva dois ou três anos a formar uma sebe densa, mas cada rebentação parece uma pequena fogueira que dá carácter ao jardim. Tem um porte elegante e folhas maiores do que a ligustrina. Pode facilmente atingir 3 metros de altura.

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Rebentos vermelhos que iluminam a sebe a cada rebentação.

Rega: Precisa de uma rega mais constante, nomeadamente no primeiro ano. No verão, precisa de duas regas abundantes por semana.

Sol: o sol direto aprofunda a cor vermelha; à sombra, torna-se mais verde e menos visível.

Poda: tolera bem a poda, embora seja melhor não exagerar para manter o seu aspeto mais natural.

3. Teucrium fruticans

Ideal para quem procura uma sebe acinzentada com um toque mediterrânico. O Teucrium dá-lhe textura e um aroma suave quando passa por ele. Tem pequenas folhas prateadas e flores lilases na primavera. O seu crescimento é intermédio: em dois anos forma uma boa sebe.

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Pequenas folhas e flores lilases dão-lhe textura.

Rega: não necessita de muita água; dá-se bem com regas espaçadas. No verão, uma ou duas regas por semana são suficientes.

Sol: adora o sol pleno. À sombra, perde densidade e abre-se.

Poda: Aceita uma poda moderada. Aconselha-se uma poda anual no fim do inverno para manter a sua forma arredondada.

4. Duranta "Gold" (Duranta erecta ‘Gold Mound’)

Não é a típica duranta de flor violeta: esta variante amarela faz uma sebe luminosa, ideal para quem procura cor. As suas folhas douradas e brilhantes atingem 1,5 metros de altura, o que a torna perfeita para sebes de tamanho médio ou para delimitar secções do jardim. Cresce rapidamente e, num ano, já apresenta um bom volume.

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Perfeito para dividir espaços com um toque luminoso.

Rega: Precisa de uma rega moderada. Nas regiões quentes, necessita de um pouco mais de água para manter a intensidade da cor.

Sol: quanto mais sol recebe, mais dourado se torna; à meia-sombra, torna-se verde-limão.

Poda: Aprecia podas frequentes; sem poda, torna-se irregular.

5. Callistemon citrinus / Melaleuca citrina

É impossível enganar-se com o callistemon: as suas flores vermelhas, em forma de escova de garrafa, parecem ter sido concebidas para homenagear a primavera. É muito utilizado como pequena árvore, mas funciona muito bem em sebes altas e vistosas. O seu crescimento é intermédio: em dois anos, atinge um bom volume e a sebe espessa aparece por volta do terceiro ano.

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Flor vermelha que transforma a sebe num íman de beija-flores.

Forma uma folhagem densa, com folhas lanceoladas e perfumadas quando pressionadas. Os “pincéis” vermelhos aparecem da primavera ao verão e atraem as abelhas, os beija-flores e as borboletas. Consoante a variedade, cresce entre 2 e 4 metros de altura.

Rega: tolera melhor a seca do que parece, mas responde melhor a uma rega regular. A rega profunda duas vezes por semana no verão mantém a floração uniforme.

Sol: o sol pleno é o ideal; à sombra parcial, floresce menos e perde intensidade.

Poda: Deve ser podada após a floração para não retirar os botões que florescerão na estação seguinte. Pode ser mantida como sebe alta com uma poda moderada.

Um último conselho para a escolha: a chave não é apenas a espécie, mas também o que pretende alcançar. Se procura uma privacidade rápida, a ligustrina é uma escolha óbvia. Se prefere dar cor sem complicações, a fotínia ou a duranta Gold alegram qualquer bordadura. Para os jardins ventosos ou próximos da costa, o teucrium resiste como poucos.

O importante é encontrar a que se adapta ao clima, ao espaço e ao espírito do jardim. O resto é deixado ao sabor do tempo, que joga sempre a favor das plantas.