Furacão Isaias coloca Florida em alerta

A temporada de furacões do Atlântico continua a fustigar os Estado Unidos da América. O segundo evento deste género no espaço de uma semana promete devastação, um pouco por toda a Costa Leste. Acompanhe todos os desenvolvimentos connosco!

Imagem de satélite
Olho de um furacão sobre as Bahamas.

O movimento do ar que potenciou este fenómeno iniciou-se na costa africana, no início da passada semana. A tempestade tropical Isaias desenvolveu-se nos últimos dois a três dias, no Oceano Atlântico, entre a costa da Venezuela e a costa da República Dominicana. No passado dia 30, afetou o território da República Dominicana com ventos sustentados na ordem dos 111 km/h.

No dia 31, com ventos sustentados a ultrapassarem os 120 km/h, foi elevado a furacão de Categoria 1, na Escala de Saffir-Simpson, a mais baixa de 5 categorias, mas com elevado poder destrutivo. No seu caminho para Noroeste, o furacão incidiu com grande intensidade no arquipélago das Bahamas. Apesar de ter afetado as ilhas de maior dimensão, a capital, Nassau, terá sido relativamente poupada.

As áreas costeiras, áreas de extrema vulnerabilidade, serão severamente afetadas pela força do vento, a força da chuva e das marés.

Entre o fim do dia 1 e o início do dia 2 de agosto, prevê-se que este furacão atinja a Florida com grande intensidade. Toda a costa atlântica da Florida será afetada bem como os Estados da Georgia, da Carolina do Sul e da Carolina do Norte, até que o furacão perca força e se torne novamente uma tempestade tropical. A previsão meteorológica indica que este evento se dissipará no dia 5 de agosto, já nos Estados do Norte (Maine, Vermont e New Hampshire), junto à fronteira com o Canadá.

Implicações do Isaias na Florida

A área mais afetada por este evento vai ser, sem dúvida, a Florida. Os habitantes deste Estado foram aconselhados pelo Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) a tomar rapidamente medidas de proteção de bens, de propriedades e de vidas humanas. Estima-se que os ventos sustentados, principalmente na Costa Atlântica, variem entre os 120 km/h e os 140 km/h, com rajadas que podem atingir os 160 km/h.

As áreas costeiras, áreas de extrema vulnerabilidade, serão severamente afetadas pela força do vento, a força da chuva e das marés. Os meteorologistas norte americanos acreditam que a maré possa ser até 1,20 metros mais alta que o normal, num Estado onde o relevo é quase inexistente. O Isaias vai produzir e debitar grandes quantidades de precipitação que podem ser causadoras de cheias rápidas e inundações urbanas, pondo em perigo a população. As áreas urbanas, extremamente impermeabilizadas, são imensamente vulneráveis aos efeitos das elevadas precipitações. Os caudais de alguns rios podem aumentar drasticamente pelo mesmo motivo.

Algumas cidades densamente povoadas do Estado da Florida, como é o caso de Miami, Orlando, mais a Sul e Jacksonville mais a Norte, estão já a preparar-se para a chegada deste furacão. Cidades costeiras como Boca Raton, West Palm Beach e Melbourne já ativaram os seus planos de emergência.

O Isaias é o furacão a ser registado mais cedo com a letra ‘I’, desde que há registos. O anterior recorde datava de 7 de agosto de 2005. Foi também a primeira vez, desde que há registo, que o Atlântico produziu dois furacões na última semana de julho, o Hanna e o Isaias.