O Atlântico Norte continuará a ser um ninho de tempestades durante mais 10 dias: os efeitos esperados em Portugal

A atmosfera sobre o Atlântico Norte permanece ativa. A sucessão de baixas pressões e o fluxo ondulatório da corrente de jato polar indicam que Portugal continuará sob a influência de frentes de precipitação e sistemas depressionários nos próximos dias.
O Atlântico Norte mantém-se extremamente ativo e continuará a ser um centro de desenvolvimento de tempestades, dando resultado à passagem de várias frentes atlânticas sobre Portugal continental. Este padrão atmosférico irá traduzir-se essencialmente em períodos de chuva, vento e forte agitação marítima, com impacto mais significativo na fachada ocidental do território.
Portugal continental encontra-se sob aviso de agitação marítima
Hoje, quarta-feira (3), o tempo estabiliza temporariamente após a passagem da frente, mas o dia é dominado pela agitação marítima. O vento de noroeste impulsiona a ondulação, colocando toda a Costa Oeste sob aviso. O norte e centro do país estão sob Risco Significativo (Laranja), com ondas altas, enquanto o sector a sul de Lisboa apresenta Risco Moderado (Amarelo).

Os avisos emitidos pelo IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera) realçam a perigosidade da instabilidade no mar para hoje. A previsão aponta para ondas de noroeste que podem atingir 5 a 6 metros de altura significativa, mas que em casos isolados poderão chegar a uma altura máxima de 11 metros.
Na quinta-feira (4), uma nova frente atlântica atravessa o país de Noroeste para Sudeste, trazendo chuva generalizada. A precipitação será moderada, com destaque para a região do Minho, onde os distritos de Braga e Viana do Castelo registam os valores mais elevados, com acumulados horários de 5 mm ou superior.
Durante a manhã, o corpo principal da chuva deslocar-se-á para a região central e, ao final do dia, a precipitação irá tornar-se dispersa e fraca na maioria das regiões.
Instabilidade persistente e chuva intensa no norte
Na sexta-feira (5), o tempo continuará a ser de instabilidade pós-frontal, com a chuva a ser recorrente, especialmente nas regiões a norte do Tejo. O cenário agrava-se no sábado (6).
Apesar de a chuva ser menos generalizada, a nebulosidade será muito intensa em grande parte do Continente. O Norte e o Noroeste serão atingidos por acumulados horários significativos de precipitação, que podem ser localmente fortes.

Entre cada frente haverá apenas curtas janelas de maior tranquilidade, rapidamente substituídas por novos episódios de precipitação ou por aguaceiros pós-frontais, alguns localmente intensos e ocasionalmente acompanhados de trovoada. O vento também se fará sentir regularmente, com rajadas mais fortes no litoral, reforçando a sensação de tempo instável e muito dinâmico.