Estes são os 8 segredos para partilhar casa nas férias com amigos (sem acabar à bulha)
Férias com amigos são maravilhosas… até deixarem de ser. Estas dicas ajudam a partilhar casa sem dramas, silêncios constrangedores ou amizades em risco.

Há algo de irresistivelmente caótico — e delicioso — em viajar com amigos. Tudo começa com entusiasmo: o grupo perfeito, a casa ideal, o destino de sonho, playlists partilhadas e aquele ar de “isto vai ser épico”.
Mas, por muito forte que seja a amizade, basta uma toalha molhada deixada no sofá, um despertador fora de horas ou uma conta do supermercado mal dividida para a tensão escalar. Sem perceber bem como, as férias podem rapidamente transformar-se num campo de batalha passivo-agressivo. Mas não tem de ser assim.
Então, como é que se atravessa este teste de partilha, convivência e expectativas sem ferir suscetibilidades (ou amizades)? Inspirado num artigo do ‘New York Times’ e apoiado por várias outras fontes internacionais como a ‘Condé Nast Traveler’, ‘AFAR’ e ‘SELF’, este guia é o seu bilhete dourado para férias com amigos que acabam em brindes e não em silêncios constrangedores.
O plano começa muito antes da viagem
O verdadeiro segredo começa semanas — ou meses — antes da viagem. Criar um grupo de conversa, definir datas, votar nos destinos e esclarecer expectativas evita confusões de última hora.
Quanto mais claro for o pré-acordo, mais leve será o ambiente na chegada. E quando o tema é dinheiro, é ainda mais crucial não deixar espaço para mal-entendidos. Estabeleça desde o início o orçamento médio por pessoa, tanto para o alojamento como para as refeições e atividades. Isso ajuda a alinhar decisões e evita constrangimentos. Segundo a revista ‘AFAR’, os desentendimentos sobre dinheiro são uma das principais causas de tensão em férias de grupo.
Falem de dinheiro sem tabus
Depois de definir o orçamento, há que decidir como gerir as despesas do dia a dia. Quem paga o quê? Quem fica encarregado de registar os gastos? Nomear um “tesoureiro” informal — alguém organizado, neutro e com jeito para números — pode salvar amizades. O importante é que ninguém sinta que está a pagar mais do que devia… ou menos do que os outros.
Há algumas aplicações que podem ajudar e tornam as contas transparentes, partilhadas e bem menos propensas a ressentimentos.
Dividam as tarefas de forma equilibrada
Partilhar uma casa implica, claro, dividir tarefas. Mas não vale tudo cair sempre na mesma pessoa (normalmente a mais prática ou a menos preguiçosa). O melhor é combinar um sistema rotativo: um dia alguém faz o pequeno-almoço, no outro, outro trata do jantar, e por aí fora.

A limpeza básica — sim, há sempre quem “não veja” migalhas — também deve ser repartida. Como diz o ‘New York Times’, um plano simples de rotinas evita grandes dramas.
Sejam justos com a escolha dos quartos
A escolha dos quartos, por mais inocente que pareça, também pode gerar faíscas. O ideal é fazerem uma visita conjunta à casa e decidirem em grupo, de forma justa e ponderada.
Se houver um casal, talvez faça sentido dar-lhes mais privacidade; se alguém ronca ou acorda muito cedo, convém avisar antes para evitar queixas depois. Neste ponto, a sinceridade é mesmo uma bênção.
Reservem tempo para estar sozinhos
E já agora, não se esqueça de cuidar do seu próprio espaço interior. Mesmo rodeado de amigos, o tempo a sós é essencial. Pode ser um passeio matinal, um café solitário ao fim da tarde ou uma simples sesta com auscultadores. O importante é manter o equilíbrio emocional. A revista ‘SELF’ defende este princípio como essencial para evitar o desgaste dos relacionamentos em férias.
Sejam honestos sobre os vossos hábitos
Há quem adore acordar com música alta e quem precise de silêncio até ao segundo café. Há quem adore conversar enquanto cozinha, e quem prefira estar sossegado.
Revelar os seus próprios hábitos (e ouvir os dos outros) é uma forma de garantir empatia e respeito. Ninguém tem de mudar a personalidade, mas há que adaptar o comportamento — pelo bem da paz no grupo.
Abracem o improviso (e larguem o controlo)
Por mais planeamento que exista, haverá sempre imprevistos. Alguém vai adormecer para o passeio, outro vai preferir ficar na praia em vez de ir ao museu. E está tudo bem.

Deixe espaço para o improviso e respeite as escolhas individuais — afinal, ninguém está num retiro espiritual nem num campo militar. É suposto ser divertido.
Acabem com um brinde (e não com um olhar de lado)
O final da viagem é tão importante como o início. Em vez de sair à pressa ou discutir quem vai ficar com os restos do frigorífico, reservem um momento de celebração.
No fundo, o segredo é simples: respeito. Partilhar casa nas férias com amigos pode ser um presente — ou uma dor de cabeça. Depende da preparação, da comunicação e, acima de tudo, da capacidade de respeitar o outro. Siga estes oito segredos e verá que é possível voltar das férias com boas histórias, o grupo mais unido e sem ressentimentos guardados na mala.