Calor recorde ameaça Portugal e Joana Campos avisa: “evite planos ao ar livre nestas 8 cidades”

O arranque da próxima semana trará consigo um aumento significativo das temperaturas, especialmente no Sul do país, onde os termómetros podem ultrapassar os 43ºC em diversos locais.

Os termómetros vão voltar a subir de forma expressiva, principalmente na região Sul do país. Nos últimos dias temos assistido a valores elevados de temperatura um pouco por todo o território, mas a Região Norte tem sido a mais fustigada, tendo levado o IPMA a emitir avisos vermelhos para todos os distritos. Neste momento, esse aviso está em vigor para Vila Real e Bragança, apenas.

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Contudo, o cenário vai inverter-se. Os valores de temperatura máxima vão diminuir ligeiramente no Norte, mesmo nas zonas tendencialmente mais quentes, e vão aumentar de forma significativa no Sul. Tanto o modelo europeu como o americano mostram valores acima dos 43ºC em vários locais do Alentejo.

Com o calor extremo devemos evitar a exposição solar e não só

Segundo a Direção Geral de Saúde (DGS), há uma série de cuidados extra a ter em conta quando as temperaturas sobem. Entre eles, é recomendado "procurar ambientes frescos e arejados, beber água ou sumos naturais com regularidade e mesmo que não tenha sede, evitar a exposição direta ao sol nas horas de maior calor, nomeadamente entre as 11h e as 17 horas, evitar atividades que exijam grandes esforços físicos, como desporto ou atividades de lazer no exterior".

índice UV
Em dias de muito sol, o índice de raios Ultravioleta dispara. Durante o fim de semana, o mesmo poderá chegar ao 10, que equivale a um risco muito elevado para exposição solar.

A permanência em locais exteriores sem qualquer cuidado ou proteção em relação ao calor, pode resultar em desidratação grave, cãibras, agravamento de doenças crónicas, esgotamento devido ao calor, insolação e até mesmo morte. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos morrem cerca de 175 mil pessoas devido ao calor extremo na região europeia da mesma, que conta com 53 estados-membros, abrangido a União Europeia e outros países da Europa e Ásia Central.

No arranque da próxima semana, para quem vive nestes locais, evite sair de casa

A partir de segunda-feira, principalmente, as temperaturas vão subir no Sul do país. O Baixo Alentejo poderá contar com valores até 41ºC, sendo que no resto da região alentejana esperam-se valores acima dos 37ºC.

No entanto, será na terça-feira que o cenário irá agravar. Para além de se esperar uma subida das temperaturas em todo o país, no Sul este aumento poderá resultar num calor abrasador, onde ambos os modelos, europeu e americano, mostram valores acima dos 43ºC, desde o Ribatejo ao Alentejo.

temperatura do ar à superfície
Terça-feira poderá ser um dos dias mais quentes da próxima semana. Ambos os modelos de previsão, europeu e americano, mostram valores acima dos 43ºC para o Ribatejo e Alentejo.

Segundo o nosso modelo de referência, ECMWF, os valores mais elevados poderão registar-se nas zonas de Ferreira do Alentejo, Moura, Serpa e Mértola, podendo o mercúrio subir até aos 44ºC.

Já em relação ao modelo americano, GFS, os valores mais elevados poderão ser registados nas áreas de Mora, Avis, Ponte de Sor e Abrantes. Estes poderão chegar aos 45ºC!

Com isto, aconselhamos, por todos os motivos explicados acima, que se mantenha resguardado e que evite sair de casa, fazendo-o só para o que for extremamente necessário e caso o faça, cumpra com as recomendações da DGS, principalmente no que à hidratação e proteção solar diz respeito.

É necessária precaução noutras regiões do país

Apesar de as temperaturas mais elevadas poderem ser sentidas no Sul so país, toda a faixa interior estará exposta a temperaturas na ordem dos 40ºC, de Norte a Sul, e mesmo na faixa litoral os valores vão aumentar, sendo esperados valores acima dos 30ºC em praticamente toda a geografia continental.

Desta forma, todos os conselhos supracitados se estendem a estas áreas, pois apesar de as temperaturas não serem tão elevadas, acabam por sê-lo na mesma e exigem cuidados, especialmente nos grupos mais vulneráveis da nossa população, como as crianças, idosos e pessoas com doenças cardio-respiratórias.