Descubra a magia das lhas Faroé e desfrute das suas magníficas paisagens

Localizada entre a Noruega e a Islândia, as Ilhas Faroé são compostas por ihas vulcânicas que oferecem um cenário espetacular a quem as visita, além de toda sua rica e impressionante herança histórica e cultural.

A capital Tórshavn possui pouco mais de doze mil habitantes e o seu nome deve-se a Thor, uma divindade da mitologia nórdica.

As Ilhas Faroé são um arquipélago de dezoito ilhas localizada na costa norte europeia, a meio caminho entre a Islândia e a Noruega, e que possuem características próprias e únicas, que as fazem figurar, por certo, entre as mais lindas de todo o mundo.

Localizado no Atlântico Norte e formado por ilhas vulcânicas, este território faz parte do reino da Dinamarca. Habitam-no cerca de 55 mil faroeses, menos do que o imenso rebanho de ovelhas que se propagou por todo o lado e que deu às ilhas o seu nome “Faroe”, que significa “ovelhas” no idioma local, o faroês (føroyskt), mais parecido com o norueguês do que com o dinamarquês.

A ilha Streymoy é a principal entre as dezoito ilhas que compõem o arquipélago e é lá que encontramos a capital das Ilhas Faroé, Tórshavn, onde se concentra toda a organização política, económica e cultural deste território.

O nome da cidade, que significa "Porto de Thor", é uma referência ao deus nórdico do trovão, que também deu nome à península de Tinganes, onde a cidade se situa. Tórshavn é a única cidade no mundo que recebe o nome de um deus da mitologia nórdica, o que reflete a forte ligação cultural da região com as tradições nórdicas.

Frio, chuva, neve e gelo dominam

O estado do tempo neste arquipélago é notoriamente instável. Nas montanhas, as estradas transformam-se em neblina em segundos, à beira-mar, os ventos uivam com tanta força que as águas das cascatas costeiras são lançadas para o céu.

As Ilhas Faroé geralmente têm verões frescos e invernos suaves, com céu geralmente nublado e frequentes nevoeiros e ventos fortes. As ilhas são escarposas e rochosas, com alguns picos de baixa altitude e a costa é marcada, na sua maioria, por penhascos. O ponto mais baixo está ao nível do mar, enquanto sua altitude máxima é encontrada em Slættaratindur, que alcança os 882 metros.

O verão é considerada a melhor estação e a melhor época para viajar para as Ilhas Faroé, e a principal razão é um tanto quanto óbvia, as temperaturas. Neste período, estas estão mais amenas e podem chegar, historicamente, aos 15º C. Os dias, devido à sua proximidade ao polo, são absolutamente longos, chegando até 19 horas de luz solar, ideal para explorar com mais tempo as paisagens naturais da região.

As Ilhas Faroé são conhecidas pelas suas paisagens escarposas e rochosas, mas também pelas suas pitorescas vilas e cidades.

É também no verão que a vegetação se encontra na sua mais bela fase e os pássaros marinhos ocupam os penhascos das Ilhas Faroé, momento ideal para a sua observação. No outono, entre setembro a novembro, ainda é uma boa época pra visitar as Ilhas Faroé, pois embora as temperaturas comecem a baixar e historicamente oscilem entre 5º C e 12º C, ainda é possível realizar atividades ao ar livre.

Por outro lado, no inverno, entre os meses de dezembro a fevereiro, as temperaturas estão bem baixas e os termómetros marcam entre 1ºC e 7º C, os dias são curtos, com poucas horas de luz, ideal para presenciar as auroras boreais. Na primavera, entre março a maio, verifica-se um aumento das temperaturas, que se situam entre os 2º C e os 8º C, ainda pouco convidativo a viagens.

A beleza da ilha de Vágar

Situada na extremidade oeste da ilha de Vágar, Gásadalur é uma das vilas mais remotas das Ilhas Faroé, lar de cerca de trinta pessoas. Por lá podemos encontrar uma das Rotas do Botão-de-ouro, uma rede de estradas cénicas conhecidas localmente como Sóljuleiðir, em homenagem à flor nacional, a calêndula-dos-pântanos, de cor amarelo-botão-de-ouro.

Estas estradas serpenteiam pelos contornos escuros das montanhas e descem em direção a vilas costeiras distantes, como Gásadalur, revelando um pedaço da Europa que poucos conseguem ver. Passam por fiordes imponentes, estreitos caminhos e faróis remotos intimidados pelo tempo, convidando os viajantes a descobrir partes pouco conhecidas deste arquipélago vulcânico.

Tjornuvik, bela vila escandinava das Ilhas Faroé, situada na costa norte de Streymoy, é o lar de pouco mais de setenta pessoas e tem apenas uma estrada de acesso.

E, embora viagens de carro como estas possam ser um teste à paciência, a presença constante de vibrantes placas em forma de flores amarelo-canário, em contraste com paisagens perenes, torna a tarefa muito mais fácil. Essas placas fazem parte do cenário, guiando o caminho ao lado de casas com telhados de relva, postos de combustível solitários e estradas que, a princípio, podem parecer não levar a lugar nenhum.

Conjunto de túneis promete encurtar distâncias

Algumas Ilhas Faroé só são acessíveis por ferry e, na última década, foram construídos vários túneis históricos para aproximar as ilhas desta pequena nação. Foram construídos dezassete em terra e quatro submarinos, incluindo o único túnel submarino do mundo com uma rotunda debaixo de água.

Todos os dias, mais de seis mil veículos percorrem o túnel submarino de quase 11 quilómetros que liga Streymoy, a maior das Ilhas Faroé e onde se situa Tórshavn, a Eysturoy, a segunda maior ilha do arquipélago.

A arte visual e auditiva é fascinante, ao longo das paredes de basalto áspero, são exibidas várias imagens folclóricas de pastores e focas, pescadores e aves marinhas, projetadas em deslumbrantes exibições de neon.

Para além do aspeto visual, o túnel está também saturado de arte auditiva. O músico Jens L. Thomsen compôs a paisagem sonora etérea que pode ser ouvida sintonizando a FM97 durante a viagem. Este não é o único túnel do género neste arquipélago, num projeto liderado por Teitur Samuelsen, diretor-executivo da Eystur-og Sandoyartunlar, a empresa que explora os túneis.

Estas criações submarinas inventivas misturam arte e tecnologia e marcam uma nova era de ligação a estas ilhas remotas, um lugar para buscar a admiração, mas também para dar as costas ao mundo.