Conheça a história do amor proibido mais famoso de Portugal
A Quinta das Lágrimas, em Coimbra, foi palco do amor proibido entre um príncipe português e uma aia galega. Fique aqui a saber mais sobre esta história!

A Quinta das Lágrimas encontra-se na cidade de Coimbra, na margem esquerda do Rio Mondego, mais precisamente na freguesia de Santa Clara. Os jardins da Quinta das Lágrimas existem por instrução da Rainha Santa Isabel que os mandou construir no século XIV.
Na altura, a criação de um canal na Quinta das Lágrimas permitiu levar a água de duas nascentes para o Convento de Santa Clara. Esse espaço ficou conhecido como “Fonte dos Amores”.
Uma história de amor
Foi na Quinta das Lágrimas, que no século XIV se viveram os amores proibidos do D. Pedro, Príncipe Herdeiro do Trono Português, e D.ª Inês de Castro, aia castelhana da Princesa consorte D. Constança.
Esta relação, fortemente reprovada e condenada pelo povo e pela corte, teria um fim abrupto em 1355, quando por ordem do Rei D. Afonso IV, D. Inês é degolada.
Reza a lenda que no local onde Inês foi morta, brotou uma fonte cujas águas têm origem nas suas lágrimas e o sangue do seu corpo mancharia para sempre as pedras da fonte.
Ainda hoje, na Fonte das Lágrimas é possivel vislumbrar uma estranha mancha de algas avermelhadas na rocha.
Louco de dor, e após ter assumido o reinado de Portugal em 1357, Pedro ordenou a prisão e a morte dos assassinos de Inês, arrancando-lhes ele mesmo o coração.

Jurando que se havia casado secretamente com Inês de Castro, D. Pedro impôs o seu reconhecimento como rainha de Portugal, tornando-se na única rainha póstuma de Portugal em 1361, e mandou construir no Mosteiro Real de Alcobaça, dois magníficos túmulos, para que pudesse descansar para sempre ao lado da sua eterna amada.
Quinta das Lágrimas: o Hotel
Desde 1995 a Quinta das Lágrimas é um hotel de Charme, cujas valências se aliam a este passado histórico e a uma lenda de amor que se perde no tempo.

O palácio é constituído por inúmeras salas e varandas e dispõe ainda de uma biblioteca, forrada a painéis de madeiras exóticas, com milhares de livros antigos que contam a história de Portugal.
Em torno do palácio existe uma vasta coleção de jardins, nomeadamente romântico, Japonês, medieval, de cheiros, horta orgânica, uma extensa mata e bosques de bambu.
A Fonte das Lágrimas
Envolvida pelos muros do Jardim Medieval está a mítica Fonte dos Amores ou Fonte das Lágrimas, que deve o seu nome a Luis de Camões e não é uma fonte de pedra esculpida.
Segundo a lenda, era aqui que Inês encontrava os barquinhos de madeira com as mensagens de Pedro.

E, como desde há 650 anos, as águas da fonte dos Amores continuam a correr para alimentar este jardim.
Os terrenos onde se integram os locais históricos, jardins, encosta e mata, e que constituem parte do seu património fazem parte da Fundação Inês de Castro.
A Fundação foi criada no dia 7 de Janeiro de 2005, e tem como objeto a investigação e divulgação da história, da cultura e da arte relacionadas com a temática Inesiana, a promoção e apoio a estudos e atividades culturais centradas em Inês de Castro, a sua época ou épocas mais próximas deste mito e proporcionar o aparecimento de novos valores culturais.