Quer plantar árvores na sua cidade? Cem mil plantas nativas da Floresta Comum estão à sua espera
A campanha 2025-2026 do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas já arrancou com mais de 30 espécies autóctones disponíveis para ações de reflorestação.

Sobreiros, azinheiras, pinheiros ou azevinhos são algumas das plantas-chave autóctones que devem estar incluídas na reflorestação de paisagens naturais portuguesas. As vantagens ecológicas são mais do que reconhecidas, trazendo ainda benefícios para a economia e para as populações locais.
Esse é o propósito da Floresta Comum, o projeto dinamizado pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), em parceria com a Quercus, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Viveiros de plantas portuguesas
A campanha 2025/2026 arrancou esta semana e conta com cerca de 110 mil plantas de mais de 30 espécies de árvores e arbustos, que vão ser distribuídas por centenas de entidades envolvidas em iniciativas de reflorestação por todo o território nacional.
As árvores do Floresta Comum são produzidas nos quatro viveiros do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas: Veiguinhas (Amarante), Malcata (Sabugal), Valverde (Alcácer do Sal) e Monte Gordo. Todos estes berçários de plantas trabalham com sementes exclusivamente portuguesas de espécies como como carvalhos, medronheiros, azinheiras ou sobreiros.

Entre as espécies disponíveis para este ano estão o carvalho-negral (Quercus pyrenaica), o carvalho-alvarinho (Quercus robur), o sobreiro (Quercus suber), a gilbardeira (Ruscus aculeatus) e o azereiro (Prunus lusitanica).
Parcialmente financiada pelo projeto Green Cork – reciclagem de rolhas de cortiça e ainda com o mecenato da REN – Redes Energéticas Nacionais, a iniciativa, acontece desde 2011/2012, tendo já disponibilizado um total de 1.544.331 árvores e arbustos. O intuito não é somente fornecer as plantas, mas também sementes, ferramentas e apoio técnico.
Podem candidatar-se todos os interessados em desenvolver três tipos de projetos: florestais (conservação da natureza e de recuperação da biodiversidade), educativos e parques florestais urbanos.
A participação das entidades no Floresta Comum é feita através da submissão de candidaturas para a obtenção das plantas. Os interessados devem, por isso, consultar a plataforma florestacomum.org para obter mais informação.
Mais 140 mil candidaturas em 2024/2025
Na campanha anterior, de 2024/2025, o projeto entregou 114.098 plantas de mais de três dezenas espécies diferentes. Com quase 140 mil candidaturas, os pedidos ultrapassaram largamente o número de plantas disponíveis.

A maior parte das espécies nativas teve como destino projetos florestais, de conservação da natureza e de recuperação da biodiversidade (64%). Mas uma parcela significativa (19%) também foi entregue à comunidade escolar para desenvolver iniciativas de educação ambiental, enquanto as autarquias estiveram mais concentradas em consolidar a sua rede de parques florestais urbanos.
O grosso dos projetos foi acompanhado pelo gabinete técnico do ICNF, tendo recebido também o apoio das equipas de Sapadores Florestais. Além disso, mais de dois terços das iniciativas contaram com a participação ativa da comunidade local e das escolas.
Referência da notícia
Projeto Floresta Comum - Aderir – Nova Época de Candidaturas