Os momentos que marcaram a história da Ciência em 2019

Apesar de todas as tentativas, as emissões continuam a aumentar, mesmo que diversas nações tenham acordado em tentar reduzi-las. Os impactos das alterações climáticas poderão ser cada vez maiores devido ao degelo dos glaciares, em todo o mundo, à Gronelândia estar a perder gelo rapidamente, e ondas de calor e incêndios estarem a acontecer mais e com maior intensidade. O mundo "acordou" para a necessidade do combate às alterações climáticas.

Uma investigação sobre o gelo do Ártico começou

Neste momento há um navio atracado no gelo do Ártico. Pouco se sabe acerca do que acontece lá, durante a "noite polar", em que as temperaturas podem facilmente chegar aos 30 °C negativos. Para esta expedição foram precisos 20 anos para a organizar e cerca de 600 cientistas que farão turnos no navio, apoiados por muitos mais em vários institutos de investigação espalhados por todo o mundo. A expedição terá a duração de um ano, terminando em Setembro de 2020.

A primeira imagem de um buraco negro

A imagem foi capturada pelo telescópio "Event Horizon". Este buraco negro situa-se a 54 milhões de anos luz da Terra, na galáxia M87. Esta matéria está inserida num horizonte tão grande como o nosso sistema solar, contendo a massa de 6.5 biliões de sóis.

Progresso na luta contra o Ebola

O surto de Ebola em 2014, na África Ocidental, causou mais de 11 mil mortes, alertando o mundo para os seus perigos, destacando a negligência dos países mais ricos na pesquisa e desenvolvimento de doenças infeciosas que raramente apresentam um risco global. No final de 2019, já há uma vacina contra este vírus e dois medicamentos eficazes para o tratamento e para evitar a propagação da doença.

Foram encontrados os primeiros ancestrais europeus

O Homo Sapiens evoluiu em vários locais do continente africano, sendo que há cerca de 70 mil anos, alguns exemplares da espécie deixaram África e foram povoar outros locais. Contudo, sabe-se agora que existiam diásporas anteriores a esta. Embutidos no teto de uma caverna, no sul de Peloponeso (Grécia), dois crânios esmagados foram encontrados por Katerina Harvati e a sua equipa. Um dos crânios era de um Neandertal, com mais de 170 mil anos, e o outro era de um Homo Sapiens, com mais de 210 mil anos. Isto é muito mais antigo do que o que havia sido encontrado anteriormente.

O trabalho em baterias para o futuro foi justamente honrado

A bateria recarregável de iões de lítio ajudou a impulsionar a revolução global em dispositivos eletrónicos portáteis. Em Outubro deste ano, os três pioneiros deste tipo de bateria, John Goodenough da Universidade do Texas, Stan Whittingham da Universidade de Binghamton, e Akira Yoshino da Universidade de Meijo receberam o prémio Nobel da Química.

A sonda lunar israelita "Beresheet" despenhou-se

Este projeto foi apoiado por financiamento privado e filantrópico. Para minimizar o peso do combustível, a sonda não seguiu um caminho direto, tendo sido impulsionada para órbitas sucessivamente mais altas ao redor da Terra, até ser puxada pela gravidade da lua. Foi lançada a 22 de Fevereiro e a sua aterragem seria a 10 de Abril, mas um giroscópio funcionou mal e os retro-jatos não pegaram fogo quando deviam, levando a que a sonda se despenhasse.