Furacão Hanna atinge os EUA e o México

A tempestade tropical Hanna vai tornar-se um furacão antes de tocar na superfície terrestre do continente norte-americano. Um evento com potencial destruidor, em plena época de furacões no Oceano Atlântico. Saiba tudo connosco!

Tempestade Tropical Golfo do México
Imagem de satélite de uma tempestade tropical a deslocar-se para o continente, sobre o Golfo do México.

A tempestade tropical Hanna, desenvolveu-se no Golfo do México nos últimos dias, estando a deslocar-se para Oeste em direção ao Estado Norte-Americano do Texas, a uma velocidade de cerca de 16 km/h. No final do dia de ontem, o ‘olho’ da tempestade encontrava-se a cerca de 315 km a Este de Corpus Christi, Texas. Esta tempestade afetou durante o dia de ontem as áreas costeiras do vizinho Estado do Louisiana com chuvas fortes e alguma agitação marítima.

As autoridades locais afirmam que a Hanna atingirá a superfície terrestre com força de furacão de Categoria 1 na Escala de Saffir-Simpson, numa área compreendida entre a pequena cidade de Port Mansfield, a Sul de Corpus Christi e a pequena vila de Sargent, a Nordeste da referida cidade. Nas maiores cidades do Estado, Houston, Dallas e a capital Austin, apenas Houston poderá ser afetada de forma mínima por este evento, já que se prevê que o furacão, assim que atingir a superfície terrestre, se desloque na direção Oés-sudoeste (WSW), para o interior do México.

Para além da destruição material, estes eventos colocam muitas vidas em risco.

No México, os Estados mais afetados serão o Norte do Estado de Tamaulipas (abrange a fronteira com os Estados Unidos da América), nomeadamente a cidade de Reynosa e o Estado de Nuevo León, mais especificamente uma cidade de média dimensão: Monterrei. Contudo, as autoridades locais esperam que durante os dias de domingo e segunda-feira, este evento perca força e afete algumas destas áreas já como uma tempestade tropical ou como uma depressão tropical (menos impactante nas populações e nas infraestruturas).

Efeitos da passagem deste evento

Como é habitual, a passagem de um furacão está associada a chuvas e ventos fortes, trovoadas, bem como agitação marítima. Estes fatores potenciam a ocorrência de cheias repentinas, a ocorrência de cheias costeiras e a destruição de infraestruturas pela força da chuva e principalmente do vento. Para além da destruição material, estes eventos colocam muitas vidas em risco.

Segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), organismo que integra a National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), existe uma grande probabilidade de ocorrência de um evento que pode pôr vidas em risco, principalmente nas áreas costeiras do Texas. Os texanos foram aconselhados a seguir à risca as indicações das autoridades locais.

Este evento, como já foi relatado, trará consigo valores de precipitação muito elevados, com forte incidência no Sul do Texas e no Nordeste do México. As chuvas fortes podem causar inundações relâmpago em algumas áreas, bem como a subida dos caudais dos cursos de água. A subida repentina do nível das águas, em alguns locais, pode ser extremamente perigosa para a população, para a atividade agrícola e pecuária. Em relação à força do vento, no final do dia de ontem registaram-se ventos sustentados de cerca de 80 km/h, que entretanto já aumentaram para os 120 km/h.

Enquanto o Hanna afeta o continente americano, já estão na calha mais eventos semelhantes, em formação na costa africana. É esperada uma intensificação destes fenómenos durante os próximos meses, devido principalmente à elevada temperatura dos oceanos e à superfície. Por exemplo, no Golfo do México, a temperatura do ar ao nível da água do mar está 1 °C acima da média, nesta época do ano.