Escapadelas clandestinas: 20 lugares que estão a crescer nas pesquisas (mas que poucos confessam)
Há destinos que se descobrem em silêncio. Esta lista reúne os mais procurados no Google — e menos partilhados — por quem prefere fugir do óbvio sem dizer nada a ninguém.

Todos os anos, há quem comece a planear férias com grande alarido, discutindo roteiros, orçamentos e pacotes de viagem em voz alta. Mas há também os discretos — aqueles que, de forma quase clandestina, vasculham o Google em busca de sítios diferentes, lugares pouco falados, destinos que ainda não foram massacrados pelo turismo em massa. A estes, não interessa repetir Paris ou voltar ao Algarve em agosto. Procuram novidade, paz e uma boa história para contar.
Foi a pensar nestes viajantes silenciosos que os autores do blogue ‘Volto Já’ se debruçaram sobre os padrões de pesquisa dos portugueses e identificaram 20 destinos em clara ascensão.
O que têm em comum? São bonitos, autênticos, acessíveis e, sobretudo, ainda guardam aquele encanto de descoberta.
Riviera Albanesa
Este troço de costa no sul da Albânia está lentamente a conquistar os portugueses mais curiosos. Com praias de água azul-turquesa, montanhas dramáticas a tocar o mar e vilas que ainda conservam o ritmo lento da vida local, a Riviera Albanesa é um Mediterrâneo sem artifícios.
Saranda e Ksamil são duas das localidades mais procuradas — e com razão.
Costa Vicentina (lado B)
Muito se fala da Costa Vicentina, mas há um lado mais discreto, além da Zambujeira do Mar, que ainda permanece fora dos radares do grande público. É um recorte de litoral alentejano onde se encontram enseadas escondidas, caminhos de terra batida, praias desertas e a natureza no seu estado mais puro.
Aqui não há filas para o café nem vizinhos de toalha. Há sossego, autenticidade e pores do sol que não pedem filtros.
Montenegro
Entre o mar Adriático e os picos dos Balcãs, Montenegro oferece uma variedade impressionante de cenários. Fiordes profundos, montanhas imponentes e cidades medievais como Kotor e Perast tornam este destino uma surpresa constante.

A combinação de natureza bruta com património histórico e preços bastante simpáticos está a colocá-lo cada vez mais no radar dos portugueses. E o melhor? Continua longe da agitação típica de outros países vizinhos.
Menorca
Enquanto Mallorca e Ibiza continuam a atrair multidões, Menorca mantém-se tranquila, serena e, para muitos, mais interessante. A ilha espanhola é um verdadeiro refúgio natural, com praias escondidas, trilhos costeiros e uma herança cultural rica.
É o destino ideal para quem quer descansar longe do barulho, mas sem abdicar do mar cristalino e da boa comida mediterrânica.
Puglia
No calcanhar da bota italiana, Puglia tem sido discretamente pesquisada por quem procura uma alternativa às clássicas Toscana ou Roma.
As cidades de Lecce, Alberobello e Polignano a Mare são jóias ainda pouco exploradas pelos portugueses — mas que merecem cada minuto da viagem.
Ilha do Corvo
A mais pequena das ilhas dos Açores, com apenas cerca de 400 habitantes, é um dos últimos redutos de verdadeira tranquilidade em território português. A Ilha do Corvo oferece paisagens vulcânicas, trilhos verdes e um ambiente tão pacífico que o tempo parece suspenso.
Aqui, o turismo é mínimo, a natureza é soberana e o contacto humano é genuíno. Para quem procura uma fuga total da rotina, Corvo é o destino perfeito — e secreto.
Costa de la Luz
Situada no sudoeste de Espanha, a Costa de la Luz estende-se desde Huelva até Cádiz e oferece quilómetros de praias douradas, vilas piscatórias pitorescas e uma luz dourada que faz jus ao nome.

Ao contrário de outras zonas costeiras espanholas, aqui reina o sossego, especialmente fora dos meses de pico. Os preços continuam acessíveis, a gastronomia é riquíssima (recheada de peixe fresco e tapas) e o ambiente tem um charme descontraído que conquista quem lá vai.
E os restantes destinos?
A lista continua com lugares igualmente encantadores, embora mais discretos no discurso público. Locais como o Lago Ohrid, na Macedónia do Norte, e Castro Laboreiro, no Gerês, surgem como alternativas tranquilas e de contacto profundo com a natureza. Em Essaouira, Marrocos, as muralhas medievais e a influência boémia cativam. Já o Cabo de Gata, na Andaluzia, combina um ambiente desértico com praias selvagens.
Em Portugal, destaca-se o charme histórico de Marvão, a serenidade de Alcoutim, nas margens do Guadiana, e a imponência dos Picos da Europa, já do lado espanhol. Há ainda espaço para a beleza discreta da Foz do Rio Minho, a riqueza natural do Parque Natural do Tejo Internacional, o misticismo de Gozo, em Malta, e a beleza rude das Berlengas, cuja visita é agora limitada para preservar o ecossistema.
Para os amantes do interior, as Praias Fluviais da Serra da Lousã e as Aldeias do Xisto oferecem frescura, autenticidade e trilhos por explorar. São destinos perfeitos, por exemplo, para quem prefere o verde ao salgado e o som do rio ao barulho do trânsito.
Autenticidade: a nova prioridade
Um estudo da Marktest confirma a tendência: os conteúdos turísticos mais procurados pelos portugueses são “locais pouco conhecidos ou por explorar”, seguindo-se sugestões de relaxamento e dicas de viagem.
Mais do que ver tudo, procura-se sentir melhor. Mais do que partilhar, quer-se guardar. Concorda?