Dia Mundial da Educação Ambiental: a importância de cuidarmos do ambiente

O Dia Mundial da Educação Ambiental comemora-se anualmente a 26 de janeiro, desde a realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente em Estocolmo, na Suécia, em 1972. Venha daí e descubra connosco como pode contribuir para um futuro mais sustentável e amigo do ambiente.

Dia Mundial da Educação Ambiental; sustentabilidade; ambiente
O Dia Mundial da Educação Ambiental é celebrado anualmente a 26 de janeiro para promover a sensibilização para a preservação, conservação e proteção ambiental, alterações climáticas e sustentabilidade.

O Dia Mundial da Educação Ambiental, celebrado todos os anos a 26 de janeiro desde a realização da Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre o Ambiente em Estocolmo (Suécia) em 1972 pretende sensibilizar, alertar e consciencializar para o contributo que podemos aplicar na construção de um futuro mais sustentável, salientando-se aqui também o fulcral papel que a educação pode desempenhar no processo de incorporação e mudança de comportamentos.

A Educação Ambiental tem como objetivo incentivar as várias gerações de cidadãos a conhecer o que implica o conceito de sustentabilidade, associado a uma responsabilidade intergeracional. Estimula, além disso, a reflexão sobre as causas das alterações climáticas, a proteção da biodiversidade e a importância da proteção do território e da preservação e conservação da paisagem.

Educação Ambiental, Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável

Acompanhando a evolução de conceitos e os movimentos à escala global, a educação ambiental encontra-se, hoje em dia, incorporada na definição mais ampla do desenvolvimento sustentável, que cruza os objetivos ambientais com os setores determinantes do desenvolvimento social e económico.

Trata-se de um processo de aprendizagem que dura toda a vida, tendo como objetivo a promoção de uma cidadania informada e ativa, em que o envolvimento e compromisso de cada cidadão e organização contribui para um futuro sustentável.

O que é o desenvolvimento sustentável? É um “modelo de desenvolvimento que permite às gerações presentes satisfazer as suas necessidades sem que com isso ponham em risco a possibilidade de as gerações futuras virem a satisfazer as suas próprias necessidades” - Relatório Brundtland (WCED, 1987).

Em 2017 foi aprovada em Portugal a Estratégia Nacional de Educação Ambiental. Este documento visa(va), de acordo com a APA (Agência Portuguesa do Ambiente) “estabelecer um compromisso colaborativo, estratégico e de coesão na construção da literacia ambiental em Portugal, através de uma cidadania inclusiva e visionária que conduza a uma mudança de paradigma civilizacional, traduzido em modelos de conduta sustentáveis em todas as dimensões da atividade humana”.

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Alguns marcos históricos que lançaram as bases da Educação Ambiental à escala global

  • Conferência Estocolmo (1972): Amplamente reconhecida como marco importante na educação ambiental. Reconhecia que a educação deve integrar questões ambientais e ser dirigida aos jovens e aos adultos (Declaração de Estocolmo, 1972)
  • Conferência Tbilisi (1977): Procurou definir uma política de ambiente, o conceito de ambiente e uma maneira de concretizar a educação ambiental (Declaração de Tbilisi, 1977).
  • 1983: A ONU fez nascer a Comissão Mundial para o Ambiente e Desenvolvimento. Missão? Elaborar um programa para a mudança em matéria de ambiente.
  • 1987: Ano Europeu do Ambiente e publicação do Relatório Brundtland, no qual se usou pela primeira vez o conceito de “desenvolvimento sustentável”.
  • 1992: Da Conferência do Rio (1992) surgiram dois documentos de grande relevância para a educação ambiental: a Declaração do Rio e a Agenda 21.
  • 1997: Declaração de Salónica reconhece a educação ambiental como investimento para um mundo durável.
  • 2016: Resolução das Nações Unidas – Transformar o nosso mundo: Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável. Sete dos objetivos desta agenda estão conectadas aos assuntos do ambiente: 6 – Água e saneamento potável; 7 – Energias renováveis e acessíveis; 11 – Cidades e comunidades sustentáveis; 13- Ação climática; 14 – Proteger a vida marítima e 15 – Proteger a vida terrestre.

A educação ambiental em Portugal

Os eixos temáticos responsáveis por orientar e dinamizar a educação ambiental na sociedade do nosso país são, de acordo com a APA/ENEA, Descarbonizar a Sociedade, Tornar a Economia Circular e, por último, Valorizar o Território.

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O primeiro dos eixos temáticos assenta em três pilares: Clima, Eficiência Energética e Mobilidade Sustentável. O segundo dos eixos temáticos desdobra-se noutros três pilares: Desmaterialização, economia colaborativa e consumo sustentável; Conceção de produtos e uso eficiente de recursos e Valorização de resíduos. O terceiro e último eixo temático é alicerçado por seis pilares, sendo eles: Ordenamento do território, Mar e Litoral, Água, Valores Naturais, Paisagem e Ar e Ruído.

Além disto, foi publicado em Portugal, em abril de 2018 o Referencial de Educação Ambiental para a Sustentabilidade que abrange as crianças e adolescentes em idade escolar, desde o pré-escolar até ao Ensino Secundário.

    Algumas das iniciativas da promoção pela educação ambiental em Portugal em 2023

    De acordo com os media, em Guimarães, a Vitrus promoverá ações nas escolas EB1 Vermis e EB1 Oliveira do Castelo das 10:00 às 12:00. A partir das 14:00, decorrerão ações na escola EB1/JI Fafião, com cerca de 500 alunos, contando com a presença do presidente da Câmara de Guimarães, Domingos Bragança, e do presidente do conselho de administração da Vitrus, Sérgio Castro Rocha.

    Segundo a Vitrus, os objetivos destas ações são “promover a educação ambiental junto dos mais jovens demonstrando as áreas de atuação da Vitrus, sensibilizar os mais jovens para a necessidade da proteção das Linhas de Água, da eficaz separação dos resíduos orgânicos, recicláveis e indiferenciados e ainda apresentar o início do projeto de educação e investigação ambiental”.

    Em Lisboa decorrerão várias atividades entre 26 e 29 de janeiro, sendo de destacar as que decorrerão no Centro de Interpretação de Monsanto, no Centro de Recuperação de Animais Silvestres – LxCRAS, Quinta das Conchas e Quinta dos Lilases e na Quinta Pedagógica dos Olivais. Consulte o programa aqui para saber tudo ao detalhe.