Furacão Gabrielle poderá atingir os Açores entre quinta e sexta-feira: Meteored revela os seus potenciais efeitos!

O modelo Europeu revelou na sua última atualização que é cada vez mais provável o furacão Gabrielle passar pelo arquipélago dos Açores, ou pelo menos nas suas imediações, deixando chuva forte, rajadas até 160 km/h e ondulação marítima perigosa.
Atualmente localizado a sudeste das Bermudas, é esperado que o furacão de categoria 1 Gabrielle sofra uma rápida intensificação dentro das próximas 18 horas ao passar por águas atlânticas ainda mais quentes (30 ºC), transformando-se num furacão de categoria 2.
Depois de passar pelas Ilhas Bermudas, território ultramarino britânico no qual gerará principalmente uma ondulação marítima perigosa, com a chuva e o vento a não serem tão significativos, o poderoso sistema ciclónico tropical rodopiará para nordeste, deslocando-se freneticamente pelo Atlântico e sem oposição terrestre rumo ao arquipélago dos Açores.
De acordo com o modelo de confiança da Meteored, prevê-se que o furacão Gabrielle circule pelo Atlântico sem se deparar com qualquer massa terrestre entre terça e quinta-feira, dias 23 e 25 de setembro. Porém, entre quinta (25) e sexta-feira (26) os mapas mostram que o núcleo do dito sistema ciclónico tropical poderia mesmo atravessar em cheio o Grupo Ocidental dos Açores, produzindo fenómenos meteorológicos adversos um pouco por todo o arquipélago.
Eis os fenómenos meteorológicos adversos que Gabrielle poderá provocar nos Açores
De entre os três grupos insulares, os mapas de previsão têm vindo a apostar nas suas sucessivas atualizações que o Grupo Ocidental (ilhas do Corvo e das Flores) seria o mais afetado. É portanto de esperar que as ilhas mais ocidentais dos Açores sejam as mais afetadas pela passagem do furacão Gabrielle entre quinta e sexta-feira, dias 25 e 26 de setembro.
Ainda é cedo para dizer se a travessia de Gabrielle pelos Açores ocorrerá na condição de furacão de categoria 1 ou já como tempestade tropical, o que seria o resultado de um certo enfraquecimento deste sistema de baixas pressões.

Para o Grupo Ocidental preveem-se rajadas de vento fortíssimas, de até 160 km/h no período mais crítico, uma precipitação acumulada total a poder rondar os 90/100 mm entre o início e o fim do episódio e uma ondulação marítima muito agreste, com ondas de até 14 metros de altura máxima. O período mais crítico seria na noite de quinta (25) e na madrugada e manhã de sexta (26), segundo as atuais previsões.
No Grupo Central os efeitos provocados por Gabrielle também poderiam ser bastante adversos. A altura máxima de onda poderá ser de 7 a 10 metros. O vento também deverá soprar muito forte, com rajadas máximas de 90/100 km/h na possível fase mais crítica: do meio da manhã até meio da tarde. A precipitação acumulada variará entre 15 mm nas ilhas mais a norte do Grupo Central e 90 mm nas ilhas mais meridionais deste mesmo Grupo.

Segundo as atuais previsões, o Grupo Oriental será provavelmente o menos afetado pela passagem do furacão Gabrielle. Ainda assim, preveem-se rajadas entre 65 e 85 km/h durante a tarde de sexta-feira (26), o período potencialmente mais crítico da passagem de Gabrielle nas ilhas mais orientais do arquipélago açoriano. A precipitação acumulada poderia variar entre 25 e 40 mm nas ilhas de São Miguel e Santa Maria. Por último, no que toca à agitação marítima, a altura máxima de onda poderá variar entre 8 e 12 metros.