Depressão de latitudes polares pode chegar a Portugal no início de setembro

Aguaceiros marcarão a despedida de agosto em várias áreas de Portugal continental. Depois, nos primeiros dias de setembro uma depressão proveniente de latitudes polares pode chegar ao nosso país. Mudança de tendência? Ou mantém-se o prolongamento da seca? Consulte a previsão!

guarda-chuva; praia; chuva; Portugal;
Antes da possível chegada da primeira depressão proveniente de latitudes polares a Portugal, alguns aguaceiros marcarão a despedida de agosto no território continental luso.

Na segunda quinzena de agosto o estado do tempo no nosso país assumiu uma nova dinâmica registando aguaceiros, trovoadas e granizo, que destoaram claramente do calor recorde e persistente que se fez sentir em Portugal continental ao longo de uma grande parte deste verão.

Os últimos dias do mês, entre esta segunda (29) e quarta-feira (31), deverão decorrer com uma situação meteorológica que apresentará possibilidade de mais aguaceiros, nalguns casos acompanhados de atividade elétrica.

Nos próximos dias várias ondas e algumas bolsas de ar frio continuarão a aparecer nas redondezas da Península Ibérica, o que resultará, novamente, num ambiente variável e instável. Além disso, prevê-se, de um modo geral, uma tendência para a descida da temperatura. Sem margem para dúvida, uma dinâmica mais característica desta altura do ano.

Últimas horas de agosto com temperatura a baixar e aguaceiros fracos

Na madrugada e manhã desta segunda-feira (29) o tempo resumiu-se essencialmente a aguaceiros, por vezes fortes, e localmente acompanhados de trovoada e granizo nalguns casos, especialmente na faixa do interior Norte, Centro e Alto Alentejo. Ou seja, esta ocorrência meteorológica teve lugar nos distritos de Bragança, Guarda, Castelo Branco e Portalegre.

Houve também alguns aguaceiros erráticos na faixa costeira ocidental e nas restantes regiões o céu nublado limpou ao início da tarde. Os termómetros já registaram uma descida nos valores de temperatura.

Na terça-feira (30) espera-se outra descida térmica, praticamente generalizada, exceto nos distritos de Lisboa, Setúbal e Faro. As máximas em Portugal serão, na maioria das capitais distritais, superiores a 25 ºC e inferiores a 30 ºC, exceto em Viana do Castelo, Porto, Aveiro e Setúbal, onde oscilarão entre os 20 ºC e os 24 ºC. As mínimas também deverão registar uma pequena descida. Prevê-se tempo nublado e inclusive com possibilidade de chuviscos no litoral Norte e Centro. No resto do país estará céu pouco nublado ou limpo.

Quarta-feira (31) marca o adeus do mês de agosto e será um dia relativamente instável em termos meteorológicos. Tanto a Norte como a Sul do Tejo a temperatura oscilará muito pouco de um dia para o outro. Além disso, é bastante provável uma nova queda de aguaceiros fracos, que voltará a concentrar-se nas regiões costeiras e montanhosas que se estendem entre o Alto Minho e o Porto.

Setembro começa com tempo mais fresco e aguaceiros

O mês de setembro começa na próxima quinta-feira e com ele será visível um aumento da nebulosidade e o registo de temperaturas mais baixas, exceto em partes da Beira Baixa, Alentejo e Algarve, onde rondarão os 30 ºC ou até um pouco mais.

Na quinta-feira (1) a precipitação ainda será praticamente residual, ou até mesmo nula, diferente daquilo que deverá ocorrer nos dias seguintes. Apesar disso, antecipa-se céu nublado ou muito nublado no litoral Norte e Centro, e nalgumas áreas do interior. No resto do país o sol continuará a brilhar, embora por vezes, escondido atrás de algumas nuvens.

O início de setembro vai registar temperaturas mais frescas e a chegada de chuva associada à primeira depressão proveniente de latitudes polares.

Na sexta-feira (2) surgirão os primeiros “pingos de instabilidade, com previsão de queda de precipitação suave nas regiões minhotas e nalguns pontos da Área Metropolitana do Porto. Os termómetros vão registar outra pequena descida, e desta feita, quase nenhuma capital de distrito contará com máxima igual ou superior a 30 ºC. Só Beja.

Uma grande chuvada à vista no fim de semana?

No final desta semana uma grande depressão poderá soltar-se da Gronelândia. Assim, há que estar muito atento à possível mudança no estado do tempo em Portugal continental. De acordo com o nosso modelo de confiança, uma depressão irá descolar das latitudes polares, com tendência para ficar bastante próxima à faixa costeira da Galiza e Noroeste de Portugal.

depressão; Gronelândia; Península Ibérica
No final da semana uma depressão irá descolar da Gronelândia, aproximando-se de Portugal continental e Espanha.

Caso este cenário se cumpra, a quantidade de chuva poderá ser muito significativa precisamente nesta área (Minho e distrito do Porto), graças à passagem de várias linhas ativas de precipitação. Tudo indica que a dita depressão, ou tempestade, se irá aproximar da Península Ibérica a partir do próximo domingo (4 de setembro).

Além do Minho e do Porto, a chuva chegará a muitas outras regiões, mas em menor quantidade. Contudo, a sul do Tejo, pouco ou nada cairá. Também se torna óbvio que, apesar da “generosa” quantidade de precipitação prevista – face ao que foi vivido nos últimos meses – esta água será claramente insuficiente para atenuar a situação de seca.

E no Portugal insular?

Quanto aos Arquipélagos dos Açores e da Madeira, a semana será novamente caracterizada por um estado do tempo bastante variável: períodos de sol a alternar com outros nublados e/ou com aguaceiros. A amplitude térmica diária será bastante reduzida, com o típico ambiente ameno insular.

Entre hoje e domingo (4 de setembro), a máxima mais elevada prevista para Ponta Delgada será de 25 ºC, ao passo que o Funchal registará 24 ºC. Em relação ao vento, em geral, espera-se uma brisa fraca, por vezes a soprar moderado.