Chuva, trovoada e vento forte: depressão fria isolada em Portugal este fim de semana, saiba as regiões mais afetadas

Esta quinta-feira - 14 de setembro - foi o último dia de tempo relativamente estável, quente e maioritariamente soalheiro ou pouco nublado. Alguns aguaceiros e trovoadas começaram a cair nalgumas regiões do interior de Portugal continental nas últimas horas de hoje (como se vê pelo tweet abaixo). O vento soprou fraco de direções variáveis. Os termómetros registaram temperatura máxima de 31 ºC em Coimbra e uma mínima de 12 ºC na Guarda.

Quanto aos Açores, estiveram sob influência de uma banda de precipitação gerada pela proximidade do furacão Margot que deixou as nove ilhas do arquipélago açoriano em aviso laranja devido à previsão e ocorrência de precipitação localmente forte e ocasionalmente acompanhada de trovoada. A situação de instabilidade nos Açores deverá prolongar-se, inclusive, em parte do dia de sexta, 15 de setembro. Já na Madeira, registou-se um estado do tempo variável, com períodos nublados, abertas e alguma chuva suave.

Voltando a Portugal continental, de facto, apesar da aparente estabilidade, dentro de poucas horas o panorama meteorológico mudará radicalmente de face.

Eis o que se sabe dos efeitos da depressão fria isolada que vem aí, tendo em conta a última saída do modelo ECMWF, aquele em que mais confiamos!

Amanhã mais aguaceiros e trovoadas “eclodirão” em mais regiões da geografia do Continente

Amanhã - sexta-feira 15 de setembro - prevê-se um dia marcado por períodos de instabilidade atmosférica. Primeiramente, logo de madrugada (isto é, dentro de poucas horas), com aguaceiros que poderão ser localmente fortes, trovoada e possibilidade de granizo, prevendo-se uma maior abrangência na nossa geografia por parte do sistema de baixas pressões que provocará as condições meteorológicas adversas. Ao meio da tarde, a chuva fraca terá tendência a voltar a cair em vários pontos do território.

Quase todos os 18 distritos de Portugal continental serão condicionados pelo tempo instável, ainda que com intensidades distintas e em intervalos irregulares. Ainda assim, as regiões do interior irão destacar-se no que toca ao "mau tempo", desde o Nordeste Transmontano (Bragança), até ao Baixo Alentejo (Beja). De um modo geral, as temperaturas máximas vão baixar e o vento predominará geralmente de oeste, podendo soprar, por vezes de sudoeste ou outras direções.

Fim de semana chuvoso, ventoso e com trovoada nalgumas regiões

No sábado (16) o nosso país já estará completamente exposto à influência da depressão fria isolada. Este sistema de baixas pressões provocará - de um modo geral - instabilidade atmosférica, prevendo-se uma maior frequência de aguaceiros convectivos ou períodos de chuva ocasionalmente moderada ou forte. A precipitação será razoavelmente abundante em todo o país, ao distribuir-se de oeste para leste numa trajetória noroeste-sudeste e posteriormente rumo a nordeste em diferentes fases de sábado, 16 de setembro.

Prevê-se uma nova descida das temperaturas máximas no sábado (16), que será ainda mais acentuada em relação aos dias anteriores, de norte a sul de Portugal continental. O vento continuará a soprar moderado a forte de Sul/Sudoeste - fluxo associado ao tempo adverso e instável - com as rajadas a poderem atingir velocidades de até 70 km/h, sobretudo durante a tarde.

Ao longo da jornada de domingo (17), a depressão fria isolada continuará a gerar instabilidade, sobretudo nas Regiões Norte e Centro. Nestas áreas - situadas a norte do Tejo - a precipitação poderá ser localmente forte, ora sob a forma de aguaceiros ou períodos de chuva. Ocasionalmente irá acompanhada de trovoada. Tampouco se exclui a possibilidade de queda de granizo. A precipitação será menos intensa e provável - e por isso menos abundante - nas regiões a sul do Tejo, sendo que ao Algarve (Faro) praticamente não chegará.

Neste dia também se espera, novamente, uma descida térmica, em particular das máximas, mantendo-se moderado a forte o vento de Sul/Sudoeste, com rajadas de até 70 km/h nas regiões do litoral e de até 80 km/h nas terras montanhosas.