Aguaceiros e trovoadas voltam a "invadir" Portugal esta semana

O mês de setembro vai começar com imensa instabilidade atmosférica devido à chegada de uma depressão isolada em altitude, que deixará tempestades intensas em várias regiões do país. Até quando durará esta situação? Confira a previsão!

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Setembro promete iniciar com tempo revolto numa boa parte de Portugal continental. Onde será mais provável a instabilidade?

Os últimos dias do verão climatológico em Portugal continental serão relativamente calmos, marcados pela presença de nebulosidade numa vasta extensão do território, sobretudo durante a manhã, bem como a baixa probabilidade de ocorrência de chuviscos dispersos no interior Norte e Centro. Assim serão segunda e terça-feira, últimos dias de agosto e também da época estival, falando do ponto de vista meteorológico.

Em resumo, teremos céu nublado ou parcialmente nublado, com tendência para ficar limpo nas regiões mais a Sul, e tanto hoje, como amanhã (31) o elemento meteorológico de maior destaque será mesmo a pequena e gradual subida das temperaturas máximas em todo o país. Aliás, esta terça-feira o termómetro chegará mesmo aos 32 ºC no Nordeste Transmontano, Beira Baixa e partes do Alentejo, após uns dias em que as temperaturas frescas tomaram conta do continente luso.

Uma Depressão isolada em altitude trará mudanças abruptas ao tempo

Este aumento das temperaturas será temporário, dado que uma Depressão Fria Isolada proveniente do Atlântico chegará muito enfraquecida, já perfilando-se com as características de uma Depressão isolada em altitude quando chegar à Península Ibérica na quarta-feira (e fá-lo-á primeiramente ao penetrar em terra na costa ocidental portuguesa). Isto traduzir-se-á, grosso modo, em aguaceiros intensos e uma descida significativa das temperaturas (serão mais baixas que o normal para a época do ano).

Na quarta-feira (1) os aguaceiros serão quase generalizados no interior e nas áreas de montanha, com os mais fortes previstos para três quartas (3/4) partes do distrito de Viana do Castelo (sobretudo a sua parte leste - interior), Braga, Vila Real, Viseu, Bragança, Guarda, Castelo Branco e Portalegre. Há risco de produção de granizo e rajadas de vento. A deslocação realizar-se-á de oeste para este e só muito pontualmente, poderão surgir noutros pontos do país, quer na costa, quer no interior, sendo mais dispersos e fracos.

Na quinta-feira (2), a instabilidade atmosférica continua, mas muito mais debilitada. Concentrar-se-á, à semelhança do dia anterior, nos mesmos distritos, embora com aguaceiros de carácter irregular e disperso ao longo do dia. Surgirão mais cedo no interior do país, e só depois poderão assumir destaque (de forma muito momentânea) nos distritos mais junto da costa pela tarde. Inclusive alguns aguaceiros poderão surgir no Baixo Alentejo e no Algarve. A costa ocidental ver-se-á menos afetada nesse dia, embora com muita nebulosidade.

Quanto às temperaturas, vão baixar significativamente, e, regra geral, as máximas estarão entre os 20 ºC e os 27 ºC. Exceção feita às capitais distritais de Coimbra, Santarém, Évora e Beja, onde o termómetro chegará aos 29 ºC.

No fim de semana, novo sistema de baixas pressões a caminho?

Na sexta-feira (3), já a Depressão isolada em altitude terá desaparecido do nosso território, sendo reabsorvida pela corrente de jato, e esperamos um dia mais tranquilo em termos atmosféricos. Já não são esperadas situações de pluviosidade, e, além disso, prevê-se uma recuperação das temperaturas que sofrerão uma suave subida. No entanto, de acordo com o nosso modelo de confiança, o ECMWF, a superfície frontal derivada de um novo sistema de baixas pressões poderá atingir-nos no fim de semana, entrando a partir do noroeste do país.

Quanto aos Açores e à Madeira, o primeiro destes arquipélagos registará uma semana de alguma instabilidade, sobretudo na terça e na quarta-feira, devido à precipitação, por vezes forte, acompanhada de trovoada. Os Grupos Ocidental e Central serão os mais afetados. Já a Madeira, registará alguns dias com períodos ocasionais de chuva fraca, com tendência a dissipar-se a partir de sexta-feira. A vertente sul da Ilha será a mais atingida, mas sem acumular quantidades significativas.