Primeira Superlua de 2025? Caminhe com ela e descubra Sintra numa noite inesquecível
Na noite de 4 de outubro, descubra os trilhos de Sintra iluminados por uma Lua quase cheia, numa caminhada que une natureza, lenda e ciência.
Há noites em que a Lua parece querer conquistar o céu inteiro. Na próxima semana, acontecerá uma delas: a primeira de três Superluas de 2025 vai ocorrer na madrugada de terça-feira, dia 7 de outubro. Nesse dia, o satélite natural da Terra vai surgir maior e mais brilhante do que o habitual, atingindo o seu pico por volta das 04h48, segundo a NASA.
Antes disso, porém, pode participar numa caminhada em direção a esta “Superlua que se aproxima”. Sim, sabemos que não será exatamente no momento de pico da Superlua, mas garantimos que será uma experiência especial.
Está pronto para ser conduzido numa caminhada mágica pelos segredos de Sintra, guiados pela luz potente daquela que será uma Superlua inesquecível?
Um convite para a noite
Na noite de sábado, 4 de outubro, Sintra transforma-se no palco de uma experiência única: uma caminhada noturna pela serra, guiada pelo brilho de uma Lua que se apresenta maior e mais intensa do que o habitual. A atividade é organizada pela Lynx Travel, empresa especializada em viagens de aventura, passeios culturais e experiências fotográficas, reconhecida por transformar cada percurso numa verdadeira viagem sensorial.
O ponto de encontro será às 18:30 h, junto ao Convento dos Capuchos, e a caminhada terá início pelas 19 horas. O percurso, com cerca de cinco quilómetros e de dificuldade fácil a média, estende-se por cerca de três horas e meia. Durante esse tempo, os participantes serão convidados a explorar a serra sob o manto prateado da Lua, acompanhados de curiosidades históricas e lendas que fazem de Sintra um lugar sempre enigmático.
Trilhos, miradouros e o coração de Sintra
Aliás, o caminho leva até um monumento megalítico situado a 490 metros de altitude, um dos pontos mais altos da serra, de onde, em noites limpas, é possível avistar até o Cabo Espichel. Com a Lua quase cheia a iluminar a paisagem, o cenário adquire contornos quase irreais.
A partir daí, a rota segue em direção ao Bosque dos Druidas, um recanto secreto e envolto em silêncio, onde será feita uma celebração simbólica em honra da Lua. Envolvidos por esse ambiente mágico, os participantes terão também oportunidade de provar uma bebida inspirada nas antigas tradições celtas, reforçando a ligação entre natureza e mito.
Quer saber como participar? A inscrição tem um valor de 10 euros por adulto e 5 euros para crianças entre os seis e os doze anos. As reservas devem ser feitas até ao dia 3 de outubro e só ficam garantidas após envio do comprovativo de pagamento por transferência bancária (NIB: 0033 0000 0010 7863 225 05) ou MB Way (917 940 888). Depois, é necessário enviar um e-mail para [email protected] com nome completo, número do Cartão de Cidadão e data de nascimento, dados indispensáveis para efeitos de seguro.
No dia, basta comparecer no local e hora indicados, trazendo calçado adequado para trilhos, roupa confortável, lanterna ou frontal, água e algum reforço alimentar. Uma máquina fotográfica pode também ser uma boa companhia, porque a Serra de Sintra iluminada pela Lua quase cheia não se esquece facilmente.
Ciência, mística e preparação
Do ponto de vista científico, a Superlua acontece quando a Lua cheia coincide com o perigeu, o ponto da sua órbita mais próximo da Terra. Isso fará com que, no dia 7, a Lua surja cerca de 14% maior e até 30% mais luminosa do que o normal. Mas já no sábado anterior o efeito é visível a olho nu: a Lua ergue-se no horizonte com uma intensidade que a torna protagonista da noite.
“A cada 27 dias de órbita em torno da Terra, a Lua atinge tanto o seu perigeu, a cerca de 363.300 quilómetros da Terra, como o seu ponto mais distante, a cerca de 405.500”, lê-se no site da NASA.
A Superlua não é um termo astronómico oficial, mas uma expressão popularizada nos meios de comunicação social e nas redes sociais para descrever este fenómeno visualmente impressionante. O impacto visual é notável, devido ao seu maior tamanho e brilho. Nestes casos, a lua pode parecer quase surreal, especialmente quando está baixa no horizonte, criando uma ilusão ótica que a faz parecer ainda maior.
Ao longo de outubro, também vai ser possível assistir a várias chuvas de estrelas, como é o caso da Dracónidas (dia 8), que pode gerar cerca de 20 meteoros por hora com uma velocidade de 20 quilómetros por segundo; as Táuridas (10), cujo nome deriva da constelação de Touro, de onde parecem irradiar. No seu pico, podem avistar-se até cinco meteoros por hora; e as Oriónidas (22), uma das chuvas mais rápidas e prolíficas do ano.