Estará a IA a roubar o lugar dos guias turísticos? Veja como pode usá-la para criar as férias perfeitas

A inteligência artificial já ajuda a escolher destinos, encontrar voos baratos e até sugerir restaurantes locais. Descubra como esta tecnologia pode transformar o planeamento das suas férias.

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Saiba como torná-la na sua melhor aliada. Foto: Unsplash

Organizar uma viagem é uma das fases mais entusiasmantes das férias… até começar a olhar para preços de voos, opções de hotéis e a lista interminável de coisas que quer ver. É aqui que a inteligência artificial pode entrar em cena como aquele amigo organizado que todos gostaríamos de ter: sabe onde procurar, compara preços em segundos e até sugere restaurantes locais que não aparecem nos guias turísticos.

Um assistente digital que conhece os seus gostos

“De acordo com a OCDE, a utilização de tecnologia inteligente está a transformar a forma como viajamos”, notou a ‘Sapo’. “Aplicações baseadas em IA analisam preferências pessoais e sugerem opções adaptadas.”

Ferramentas baseadas em IA já conseguem analisar preferências pessoais e propor soluções feitas à medida.

Gosta de praia mas também não dispensa cultura? Prefere poupar no voo para gastar mais em experiências gastronómicas? A IA junta todas estas peças e constrói-lhe um esboço de viagem que encaixa no seu estilo.

Além disso, estas ferramentas inteligentes têm a capacidade de apontar destinos que talvez nunca lhe tenham passado pela cabeça. Muitas vezes pode estar a perder a oportunidade de visitar uma cidade encantadora que fica a poucas horas de carro do seu destino principal, e a IA não deixa que esses tesouros lhe passem despercebidos.

Vantagens práticas que fazem toda a diferença

Uma das grandes mais-valias da inteligência artificial é a criação de roteiros personalizados. Em vez de perder horas a fazer listas e a organizar os dias da viagem, pode receber um plano adaptado ao tempo disponível, ao orçamento que definiu e às suas prioridades. Outra vantagem é a possibilidade de receber alertas de promoções: algumas aplicações monitorizam constantemente os preços dos voos e notificam-no quando surgem oportunidades vantajosas, o que lhe permite poupar sem esforço.

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Está pronto para fazer as malas? Foto: Unsplash

Também merece destaque a centralização das reservas, já que há apps capazes de organizar tudo num só lugar — desde o check-in online até ao bilhete de entrada num museu. Além disso, a IA é especialista em trazer sugestões inesperadas, como restaurantes escondidos, trilhos menos turísticos ou mercados locais que dão alma e autenticidade à viagem.

Exemplos de ferramentas úteis

No momento de comparar voos, plataformas como Skyscanner, Kayak ou Google Flights utilizam algoritmos avançados para detetar as tarifas mais em conta. Se a sua preocupação for o alojamento, tanto o Booking como o Airbnb já integram inteligência artificial para recomendar opções de acordo com o seu histórico e com o perfil de viagem que costuma escolher.

No campo da organização, assistentes virtuais como ChatGPT, Gemini ou Google Travel são cada vez mais usados para criar itinerários completos e até ajudar com traduções quando está no estrangeiro. Para quem gosta de ter tudo bem arrumado, aplicações como TripIt ou Sygic funcionam como verdadeiros gestores de viagem, guardando bilhetes, horários e mapas, poupando-lhe tempo e papeladas.

Como tirar o melhor partido da IA

Mas, atenção: a tecnologia faz muito, mas não faz tudo. Cabe-lhe a si dar as pistas certas para que os resultados sejam realmente úteis. Quanto mais específico for no que pede, melhores serão as recomendações.

Em vez de perguntar simplesmente “quero viajar para Itália”, diga, por exemplo, “quero um roteiro de cinco dias em Roma com foco em gastronomia e história, com um orçamento de 120 euros por dia”. Essa clareza ajuda a IA a devolver-lhe sugestões mais ajustadas ao seu perfil de viajante.

Seja específico: coloque a duração da viagem, quantas pessoas, orçamento disponível, o seu estilo de viajante, destinos que quer conhecer ou peça sugestões que fujam de lugares clássicos.Quanto mais informações der, mais personalizada será a sua resposta.

É igualmente fundamental confirmar sempre as informações que recebe. Uma IA pode indicar que um museu abre às segundas-feiras, mas nada substitui verificar no site oficial. Para enriquecer ainda mais o planeamento, complemente o que a tecnologia lhe dá com conselhos de amigos, blogs de viagem ou até conversas com locais quando chegar ao destino.

Planear com inteligência artificial não significa abdicar da magia da descoberta — significa libertar-se da parte chata da organização e ganhar tempo para o que realmente importa: desfrutar, conhecer e colecionar memórias. Afinal, viajar não é apenas chegar a um destino, é viver a experiência. E se tiver uma ajudinha digital pelo caminho, tanto melhor.