O final do ano de 2023 vai brindar-nos com a última lua cheia, a Lua Fria de inverno

O corrente ano, tal como os anteriores, brindou-nos com uma série de luas cheias, às quais foram atribuídos nomes. A última é especial! Fique a saber mais sobre este assunto, aqui!

Lua Cheia.
A Lua Cheia, quando é visível, é um momento de extrema beleza, com uma multiplicidade de significados místicos.

Esta semana, desde o dia de hoje até ao dia 31, no que resta do ano civil de 2023, ainda vai ser possível saborear o espetáculo de uma Lua Cheia. Na noite de hoje e na madrugada do dia 27 (a próxima, já!) vai ser possível ver nos céus a Lua Cheia fria, nome dado tendo em conta que é a primeira Lua após o solstício de inverno, ou seja, após o início do inverno astronómico.

A Lua Cheia é uma das fases da Lua. Ocorre quando a Lua completa um movimento de 180° após a Lua Nova, assim, o seu disco lunar totalmente iluminado é visível à noite, pois o satélite opõe-se ao Sol em relação à Terra.

Esta Lua Cheia em particular, torna-se especial por vários motivos: é a última do ano civil, é a primeira no inverno e apresenta uma luminosidade própria, tendo em conta a posição do Sol, da Terra e dos observadores no Hemisfério Norte. É igualmente importante salientar que estamos a experimentar as noites mais longas do ano, também será possível apreciar a Lua Cheia durante um período consideravelmente maior.

A Lua desta noite vai apresentar-se no fim da sua fase de crescimento, no seu ponto culminante, estando a refletir o máximo de luz solar do seu ciclo, apesar de nas noites seguintes também aparentar estar no mesmo ponto. Este tipo de fenómeno acontece geralmente uma vez por mês, sendo que durante 2023 registaram-se 13 luas cheias, já que durante o mês de agosto a Lua chegou a esta fase por duas vezes.

As condições de visualização deste fenómeno

Na noite desta terça-feira, por volta das 21 horas em Portugal Continental e Arquipélago da Madeira (menos uma no Arquipélago dos Açores), será possível visualizar a lua brilhante, em todo o seu esplendor. Para que este fenómeno possa ser observado com qualidade, as condições são muito idênticas às requeridas para observar qualquer outro fenómeno astronómico.

No próximo ano poderemos contar com 12 luas cheias e 13 luas novas, para além de eclipses lunares em março e setembro.

Devemos procurar locais afastados da poluição luminosa, nomeadamente áreas rurais, mais afastadas possível de cidades e, para além disso, teremos que ter a sorte de estar num ponto do país com pouca nebulosidade. Provavelmente este será o maior desafio em certos pontos do país, tendo em conta a previsão do estado do tempo para hoje e para os próximos dias. As más condições meteorológicas, nomeadamente os diversos tipos de nebulosidade podem comprometer a visualização deste fenómeno de beleza peculiar.

O ser humano sempre foi fascinado pelo único satélite do planeta Terra, principalmente quando este se encontra em fase plena, ou seja, a Lua Cheia. Há séculos que atribuímos, a nível cultural, uma série de significados místicos à única fonte de luz que vem do espaço e que ilumina a escuridão das noites. Todas as 13 luas deste ano tiveram um nome associado, destacando-se a Lua de abril (Lua rosa), a Lua de junho (Lua morango) e a Lua de agosto (super Lua cheia).

No próximo ano poderemos contar com 12 luas cheias e 13 luas novas, para além de eclipses lunares em março e setembro. No dia 11 de janeiro, pelas 08:57, vai ter início um novo ciclo lunar, quando se registar a primeira Lua Nova do ano.