A super tempestade Eunice atinge as Ilhas Britânicas, aqui as imagens

A tempestade Eunice está a deixar rajadas de vento com força de furacão nalgumas regiões do Reino Unido onde não é muito habitual, e poderá ser o temporal mais intenso das últimas décadas. Nas próximas horas irá deslocar-se para leste.

As Ilhas Britânicas ainda não recuperaram da passagem da tempestade Dudley, e estão a enfrentar neste momento um temporal que poderá ser o mais intenso das últimas décadas, devido à passagem da super tempestade Eunice, que sofreu um processo de ciclogénese explosiva, aprofundando-se muito rapidamente.

O serviço meteorológico inglês (Met Office) ativou um aviso vermelho no sul do país devido às fortíssimas rajadas de vento esperadas em muitas áreas, mesmo em locais onde não é muito habitual, tais como Londres. Segundo as previsões meteorológicas, a velocidade do vento poderá superar os 140 km/h em várias regiões.

Até agora, os ventos mais fortes têm sido medidos na ilha de Wight, com picos de mais de... 190 km/h! Esta seria a rajada mais forte alguma vez registada em Inglaterra. Em segundo lugar está o farol de Mumbles Head, onde se ultrapassou os 140 km/h. O temporal marítimo está a ser muito severo nas costas orientadas para oeste, afetando o tráfego ferroviário e marítimo. A queda de neve também tem sido intensa no centro e norte do arquipélago.

De acordo com o nosso modelo de referência, Eunice deslocar-se-á para leste nas próximas horas, e provocará novamente uma situação muito complicada nos Países Baixos, Bélgica, Alemanha, Dinamarca ou Polónia, onde as rajadas de vento poderão também exceder por vezes 130 km/h.

Os Países Baixos blindaram-se perante o impacto iminente desta extraordinária tempestade, e para esta tarde decidiu-se suspender o tráfego aéreo e ferroviário. O serviço meteorológico nacional (KMI) ativou um aviso vermelho nas províncias costeiras, onde estão a ser erguidas paredes de areia para abrandar as ondas, avisando que este poderá ser o pior temporal dos últimos anos. Nos próximos dias o desfile de tempestades muito profundas vai continuar no Atlântico Norte, embora não se espere que sejam tão extremas como Eunice.