Que tempo fará no primeiro fim de semana da primavera em Portugal?

No fim de semana em que arranca a primavera, antecipa-se a descida das temperaturas, o perigo das geadas, mais prováveis nalgumas regiões do país, e a continuação da estabilidade atmosférica. O tempo vai estar assim até quando? Confira a previsão!

geada; início da primavera; sol
Apesar do tempo soalheiro de norte a sul do país, o arrefecimento atmosférico trará o perigo da formação de geada a regiões do interior do país.

Falta apenas um dia para o arranque da primavera astronómica, com início este sábado (20) pelas 09h37, momento em que se dará o equinócio da estação primaveril. Após uma semana marcada pela estabilidade, com tempo ameno e seco onde imperaram valores térmicos acima do normal em praticamente todo o país, especialmente entre segunda e quarta-feira, muitos já se questionam: até quando estará o tempo assim?

Tendo em conta as previsões a curto prazo projetadas pelo nosso modelo de maior confiança, o do ECMWF, o tempo estável, seco e predominantemente soalheiro vai manter-se. Apesar de toda a Europa estar sob a influência de uma massa de ar ártico muito fria, que trouxe temperaturas baixas e neve a uma vasta porção do continente, de que forma vamos sentir em Portugal continental a chegada deste fluxo de Leste/Nordeste? É seguro afirmar que sim, seremos afetados, mas de forma muito menos agreste, em comparação, por exemplo, com o nosso país vizinho, a Espanha.

Fenómenos de destaque no fim de semana

Nesta sexta-feira impera o céu pouco nublado ou limpo, prevendo-se períodos de maior nebulosidade nos territórios do interior a partir da tardes. O frio intenso gerado pela perturbação polar terá um impacto menor no nosso país, mas ainda assim gerará consequências, como a descida das temperaturas, tanto das máximas como das mínimas, como já foi possível sentir desde quinta-feira (18). Aliás, o arrefecimento do estado do tempo será mais percetível precisamente no primeiro dia da primavera astronómica, ou seja, este sábado, num dia em que ainda seremos presenteados com temperaturas a fazer lembrar o inverno.

Pese embora a sensação térmica agradável providenciada pelas temperaturas nas horas centrais dos dias vindouros, o acentuado arrefecimento noturno continuará em evidência, tão típico de dias como os que temos estado a viver: estáveis e frios, mas sem o aspeto meteorológico da pluviosidade que termorregula o ambiente e previne, precisamente, o risco da formação de gelo e geada – processos naturais ‘indesejados’ numa época do ano em que algumas árvores já estão em flor, bem como outras culturas agrícolas, em pleno processo de desenvolvimento.

Tanto no sábado, como no domingo, os períodos de madrugada/noturnos registarão temperaturas mínimas próximas aos 0 ºC. Em distritos do interior, como Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda e Castelo Branco, os termómetros vão registar mínimas que oscilarão entre -3 ºC e 2 ºC.

No resto do país, o arrefecimento do tempo também será sentido pelos portugueses, embora com menos impacto em comparação com Trás os Montes e a Beira Interior. No Porto, a mínima não passará dos 6 ºC e em Lisboa vai baixar para os 7 ºC. Ainda assim, a presença do vento Norte ou Nordeste, tanto no sábado, como no domingo, incrementará a sensação de frio, obrigando ao reforço do vestuário. Na faixa costeira, especialmente das regiões Norte e Centro, e nas terras altas, o vento soprará moderado, por vezes forte (40 km/h). Por breves períodos, o vento apresentará rajadas até 75 km/h, sobretudo de manhã e ao final do dia.

E nos Arquipélagos?

Nos Açores a instabilidade vai perdurar mais uns dias, com destaque para o Grupo Ocidental onde o vento Norte e a chuva moderada vão-se sucedendo. No domingo prevê-se uma melhoria do estado do tempo, contudo ainda vão perdurar alguns chuviscos. Na Madeira, tal como no continente, vigorará a estabilidade e as ‘nortadas’. A única diferença prende-se com os períodos de céu nublado mais marcados nesta Região Autónoma, em contraste com o tempo soalheiro e de céu limpo que reinará este fim de semana sobre Portugal continental.