Nevoeiro abre a semana, mas o ano de 2026 pode arrancar com nebulosidade, precipitação e vento

Até quarta-feira (31 de dezembro) impõe-se a estabilidade. A partir de quinta-feira aumenta a nebulosidade e o gradiente de pressão, sinal de um padrão mais atlântico, com possibilidade de aguaceiros e vento mais forte nos primeiros dias de janeiro.

O começo da semana é típico de altas pressões sobre a Península Ibérica: vento fraco e arrefecimento noturno. O ar junto ao solo arrefece mais depressa do que as camadas acima, formando uma inversão térmica e favorecendo nevoeiros e nuvens baixas em vales e áreas ribeirinhas, com visibilidade reduzida ao amanhecer.

Anticiclone domina até à passagem de ano: noites frias, inversão e nevoeiro

Em Lisboa, segunda (29 de dezembro) e terça (30 de dezembro) serão dias de sol a céu pouco nublado, com máximas perto de 13 e 14 ºC e mínimas em torno de 6 ºC. No Porto, a estabilidade mantém-se, mas as noites são mais frias (mínimas na ordem de 3 a 5 ºC).

Aliás, durante a madrugada e início de manhã esperam-se anomalias de temperatura situadas entre os -3 ºC e os -6 ºC. Será particularmente mais elevada a anomalia de temperatura no litoral.

Início da semana com anomalias negativas da temperatura ao início da manhã.
Anomalia das temperaturas situadas entre os -3 ºC e os - 6 ºC durante as madrugadas e início das manhãs no início da semana.

Tal se sucede também noutras áreas, onde se favorece a formação de geadas em áreas abrigadas do interior Norte e Centro. Não é de descartar a possibilidade durante esta semana de muito nevoeiro, com baixos níveis de visibilidade, tal como já lhe demos conta anteriormente.

Na quarta-feira (31 de dezembro), véspera de Ano Novo, mantém-se o domínio anticiclónico, mas cresce a presença de nuvens médias e altas ao longo do dia. Esta presença de nuvens é muitas vezes um prenúncio de mudança, embora o cenário mais provável para a passagem de ano no continente continue a ser sem precipitação.

Ano Novo com mudança de padrão: nebulosidade, vento e primeiros aguaceiros

A partir de quinta-feira (1 de janeiro) a atmosfera tende a ficar mais húmida e dinâmica. Se o anticiclone recuar, a circulação de oeste volta a transportar ar marítimo, mais ameno e húmido, o que se traduz em subida das mínimas, mais nebulosidade e vento.

Em Lisboa, o dia 1 será nublado e com mínima perto de 13 ºC. Na sexta (2 de janeiro) aumenta a componente de vento e o céu mantém-se muito nublado. Já no sábado (3 de janeiro) cresce a probabilidade de aguaceiros, esperando-se durante a madrugada, para já, até 30% de probabilidade de precipitação.

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No Porto, o padrão é semelhante. Para sexta-feira, dia 2 de janeiro, já surgem aguaceiros e um dia mais ventoso, ao passo que no sábado poderá ser o mais instável, com precipitação mais intensa.

O vento pode ganhar relevo por aumento do gradiente de pressão associado à depressão, em especial no litoral e nas terras altas. A incerteza, nesta fase, está sobretudo na trajetória do núcleo, com implicações para o que se prevê para 2 e 3 de janeiro.

Ainda assim, as últimas previsões do nosso modelo da Meteored aponta para rajadas de vento até 60 km/h, sobretudo no litoral.

Até ao final da semana, verifica-se uma mudança do padrão atmosférico, com rajadas de vento até 60 km/h.
Para o final da semana, a instabilidade atmosférica traz nebulosidade, aumento da probabilidade de precipitação e rajadas de vento até 60 km/h no litoral.

No domingo (4 de janeiro), o cenário tende a ficar menos ativo, mas ainda com muita nebulosidade em vários locais. Lisboa pode manter nuvens baixas, enquanto no Porto há indicação de regresso de abertas após um início mais nublado.

Quanto à neve, o perfil térmico previsto para o início de janeiro não sugere frio suficiente para cotas muito baixas. O cenário mais provável é de neve restrita às maiores altitudes da Serra da Estrela, caso a precipitação coincida com a janela temporal de temperaturas mais baixas.