Congelador anticiclónico esta semana, mas chuva e vento nas Ilhas!

Começa uma semana na qual as geadas e o gelo voltarão a aparecer em boa parte do interior, enquanto que os Açores e a Madeira estarão debaixo de temporal, com chuva, trovoada e vento forte! Serão os primeiros indicadores de uma mudança radical do tempo? Confira a previsão!

chuva; trovoada; vento forte; mau tempo
Prevê-se chuva ou aguaceiros, localmente fortes, acompanhados de trovoada nas Regiões Autónomas em boa parte desta semana. A situação poderá ser especialmente adversa na Madeira e nas ilhas açorianas da Terceira e São Miguel.

O tempo anticiclónico transformou-se no protagonista da situação meteorológica nos últimos dias em todo o país, e para já, os modelos meteorológicos não antecipam uma mudança radical do tempo no curto e médio prazo. O anticiclone vai permanecer centrado entre a Península Ibérica e as Ilhas Britânicas, embora nos próximos dias possamos ter algumas exceções em território nacional.

Chuva forte nos Arquipélagos e geadas no interior Norte e Centro

Após alguns dias de tranquilidade atmosférica, a instabilidade voltou esta segunda-feira a ‘atacar’ os territórios insulares portugueses, com a chuva a ganhar terreno nos Arquipélagos graças à proximidade de um centro de baixas pressões a oeste da Madeira e a leste dos Açores. Para os próximos dias, estão previstos aguaceiros e trovoadas localmente intensas, especialmente na Madeira e nos Grupos Central e Oriental açorianos. As rajadas de vento serão fortes, de até 50 km/h, sobretudo na Madeira. Nas zonas montanhosas da Ilha poderão alcançar até 80 km/h!

No resto do país irá reinar um ambiente estável, com algumas nuvens na Região Norte e nalguns pontos dispersos da fachada atlântica, com neblina ou nevoeiro no interior. E de novo, esta semana, as geadas voltarão a concentrar-se em muitas áreas do Nordeste Transmontano (Bragança), Alto Minho, distritos de Vila Real, Viseu, Porto, Guarda e Castelo Branco. Espera-se uma queda gradual dos registos térmicos ao longo desta semana, com mínimas que poderão baixar até aos -5ºC, principalmente nas zonas propícias à acumulação de ar frio.

Amanhã o panorama será muito semelhante. Os termómetros poderão cair até aos -4 ºC em Mirandela e Freixo de Espada à Cinta, e até aos -2 ºC em Vinhais, Macedo de Cavaleiros, Guarda, Pitões das Júnias, Tabuaço e Vila Nova de Foz Côa. Os valores mais elevados em Portugal continental rondarão os 16 ºC no litoral centro, em cidades como Coimbra e Leiria. A chuva ainda vai ser mais abundante e intensa na Madeira, abrangendo todas as localidades da Ilha, com a Ribeira Brava e o Funchal a somarem as maiores acumulações. Atenção também ao risco de trovoadas e ao vento que continuará a soprar forte de Sudeste.

Quarta-feira amanhecerá com mínimas ainda mais gélidas, esperando-se gelo e geadas em boa parte das terras do interior, com temperaturas negativas nas cidades de Bragança, Guarda e Castelo Branco. Algumas nuvens poderão surgir pontualmente no litoral Centro, Alentejo e Algarve. Na Madeira a jornada já não será tão atribulada, embora persistam alguns aguaceiros e sobretudo o vento forte.

Tempo a estabilizar na Madeira e fluxo de Leste mais forte no Continente

Para quinta-feira prevê-se céu limpo de norte a sul do país e ligeira subida das temperaturas. Com isto, a formação de geadas diminuirá e serão menos intensas. O fluxo de Leste/Nordeste começará a aumentar de intensidade no Continente neste dia, incrementando a sensação térmica de frio em boa parte do país, especialmente nas horas sem luz solar.

Na Madeira e nos Açores o tempo começar a estabilizar no dia 20, esperando-se alguma variabilidade meteorológica diária (nuvens, sol e aguaceiros). O vento continuará a soprar com muita intensidade, de Sudeste.

Sem perspetivas de neve, chuva ou vaga de frio em Portugal continental

De acordo com o nosso modelo de confiança, o do ECMWF, durante o fim de semana a situação será muito parecida. Apesar disso, poderão registar-se pequenas alterações a partir de domingo, dia 23, desde o sudoeste. No entanto, de momento, não existem perspetivas de precipitação abundante ou generalizada, nem tampouco da chegada de uma entrada fria significativa que afete Portugal - algo que deverá, isso sim, estar mais presente pela Europa Oriental.