A AEMET acabou de nomear a primeira tempestade da temporada: chama-se Alice e terá estes efeitos em Portugal

A AEMET nomeou há poucas horas a primeira tempestade da temporada 2025/2026. Chama-se Alice e já deu lugar à emissão de vários avisos meteorológicos em Espanha. Afetará Portugal? Confira aqui a previsão!

Como avançamos noutras previsões, Espanha está prestes a enfrentar dias com condições meteorológicas adversas, especialmente nas regiões mediterrânicas, onde se espera muita chuva. A AEMET já emitiu vários avisos meteorológicos amarelos e laranja devido à chuva forte para as Ilhas Baleares, Catalunha, Valência, Andaluzia e Murcia. Estes estarão em vigor a partir das 14h de amanhã, quarta-feira.

No vídeo

Podemos observar as chuvas concentradas no leste de Espanha, que mais tarde se poderão estender à restante costa Sul do país.

No entanto, e como referimos também, este episódio que acabou de ser nomeado pela AEMET de tempestade Alice (a primeira da temporada 2025/2026), não deverá afetar Portugal de forma expressiva. Os nossos mapas mostram alguma precipitação residual na região Algarvia, ao início da tarde de sexta-feira, mas é possível que a mesma não chegue a ocorrer. Contudo, vamos atualizando este dado diariamente.

O tempo em Portugal continental manter-se-á geralmente quente e seco

À exceção de amanhã, quarta-feira, em que as temperaturas deverão diminuir de forma generalizada, e por isso a anomalia será negativa ou nula em boa parte de Portugal continental, os restantes dias da semana registarão temperaturas acima da média em praticamente todo o país, com um aumento térmico a partir de quinta-feira.

Com isto, para amanhã esperam-se máximas entre os 17 ºC em Viana do Castelo e os 25 ºC em Bragança, Vila Real, Castelo Branco e Faro, enquanto que na quinta-feira, estes valores poderão variar entre os 20 ºC em Aveiro, seguido de 22 ºC em Viana do Castelo e Guarda e os 28 ºC em Évora.

anomalia térmica
As anomalias térmicas continuarão positivas em praticamente todo o país nos próximos dias.

Este aumento das temperaturas voltará a verificar-se na sexta-feira, dia 10 de outubro, onde as máximas poderão oscilar entre os 21 ºC em Viana do Castelo e os 30 ºC em Santarém e Lisboa. Como podemos observar no mapa acima, nesse mesmo dia, as anomalias térmicas positivas poderão alcançar os 7 ºC acima da normal climatológica, face à época do ano.

Segundo a mais recente atualização dos nossos mapas, o fim de semana também poderá contar com temperaturas bastante agradáveis, ainda que possam diminuir ligeiramente, especialmente no Sul. No entanto, não se descartam valores próximos aos 30 ºC em diversos locais de Norte a Sul.

Para além disto e de alguma nebulosidade que possa ocorrer nos próximos dias, esperam-se dias tendencialmente secos.

O Grupo Sudoeste lançou a lista de nomes para as próximas tempestades desta temporada

Segundo os sites oficiais das agências de meteorologia que compõem o Grupo Sudoeste, já se conhecem os nomes das futuras tempestades da temporada 2025/2026. A primeira, Alice, foi nomeada há poucas horas pela AEMET e nutrirá efeitos em breve. Conheça as próximas:

  • Benjamin;
  • Claudia;
  • Davide;
  • Emilia;
  • Francis;
  • Goretti;
  • Harry;
  • Ingrid;
  • Joseph;
  • Kristin;
  • Leonardo;
  • Marta;
  • Nils;
  • Oriana;
  • Pedro;
  • Regina;
  • Samuel;
  • Therese;
  • Vitor;
  • Wilma.

No total, são 21 nomes. E porquê dar nomes a tempestades? Há alguns anos que esta prática se tornou norma, mas continua a levantar questões. Não é por alarmismo. É precisamente por praticidade e para facilitar:

  • A comunicação com o público e os meios de comunicação social;
  • Favorecer a preparação e a resposta das administrações a fenómenos meteorológicos adversos, bem como a preparação de estudos a posteriori;
  • Evitar a confusão e reforçar a coerência da mensagem oficial.

O programa europeu de designação de tempestades no âmbito do Grupo do Sudoeste (SW), é atualmente constituído pelos serviços meteorológicos de Portugal, França, Bélgica, Luxemburgo e Andorra (o mais recente).

Com a possibilidade de nomear as tempestades de grande impacto, o Grupo do Sudoeste dá mais um passo na construção de um sistema coordenado, claro e eficaz de comunicação do risco meteorológico, de acordo com as normas europeias.