Uma planta que é uma obra de arte e que se move ao sabor do sol, ideal para dar elegância à sua casa

É delicada, colorida e tem movimentos quase coreografados. A calateia pena de pavão não só embeleza cada canto, como também purifica o ar e liga-nos à natureza.

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As folhas da calateia pena de pavão distinguem-se pelos seus padrões simétricos e pelo intenso contraste de verdes e roxos.

Com folhas que parecem ter sido desenhadas por um artista, esta planta tropical conquistou decoradores, colecionadores e amantes da botânica. O seu aspeto exótico, a sua origem na selva e as suas necessidades particulares fazem dela uma joia natural tão impressionante quanto delicada.

A Calathea makoyana, popularmente conhecida como calateia pena de pavão, é originária do norte do Brasil e pertence à família das marantáceas. Ao contrário de outras plantas de interior, não se destaca pelas suas flores - que nesta espécie são pequenas e discretas - mas pela sua folhagem espetacular.

Cada folha é uma obra de arte: fundo verde-claro com padrões de plumas escuras, margens irregulares e faces inferiores roxas. Daí o seu nome comum, que evoca as penas do pavão.

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Vistas de perto, as suas folhas parecem ser pintadas à mão: uma característica que a tornou famosa na decoração de interiores.

Esta espécie é perfeita para quem procura uma planta vistosa mas não invasiva. Tem um tamanho médio, com folhas que podem atingir 30 cm de comprimento, e dá-se bem em vasos, desde que seja bem cuidada.

Para a manter feliz: luz, água e humidade

A calateia pena de pavão não é uma planta difícil, mas requer atenção. Precisa de luz indireta - nunca de sol direto - de um ambiente húmido e de água sem cloro ou flúor.

É sensível às mudanças bruscas de temperatura e ao excesso de rega, por isso utilize um substrato solto e bem drenado e regue apenas quando a parte superior estiver seca.

Uma dica importante é agrupá-la com outras plantas ou colocá-la em tabuleiros com pedras molhadas para manter uma atmosfera húmida à sua volta. Também aprecia as regas regulares com água morna.

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Evite a exposição direta ao sol e utilize água sem cloro: estas medidas são fundamentais para preservar a sua cor e saúde.

Fertilize a cada três ou quatro semanas na primavera e no verão com um fertilizante equilibrado. E se as folhas começarem a enrolar ou a apresentar bordos castanhos, é sinal de que algo está errado: geralmente é falta de humidade ou água inadequada.

Uma planta que se move?

Uma das curiosidades desta espécie - e de outras calatheas - é o facto de poder mover-se. Sim, embora não se mova, as suas folhas abrem-se durante o dia e dobram-se ao anoitecer, num fenómeno chamado nyctinastia. Este movimento responde a alterações de luz e humidade, e é regulado por estruturas chamadas pulvínulas, localizadas na base dos pecíolos.

Este comportamento, para além de ser fascinante, tem uma função ecológica: no seu habitat natural, o movimento permite que as folhas recolham melhor a luz durante o dia e se protejam durante a noite. Alguns entusiastas afirmam mesmo que o movimento produz um ligeiro ruído, o que lhe valeu a alcunha de “planta que faz barulho”.

Mais do que um ornamento

A Calathea makoyana não é apenas bonita. Tal como outras marantáceas, ajuda a melhorar a qualidade do ar interior, pois consegue filtrar as substâncias voláteis comuns nos ambientes domésticos. É também uma das poucas plantas ornamentais seguras para casas com gatos ou cães, uma vez que não é tóxica para os animais de estimação.

É uma planta versátil, estética e com uma origem fascinante. Para além das suas folhas vistosas e da sua curiosa sensibilidade à luz, a calateia pena de pavão é um excelente aliado para aqueles que procuram adicionar natureza e design às suas casas. Com os cuidados adequados, pode tornar-se o protagonista silencioso de qualquer ambiente.