Temporada de furacões será mais intensa no Atlântico em 2020

De acordo com meteorologistas do Centro de Previsão Climática, do NOAA, está prevista uma temporada de furacões no Atlântico acima do normal, já este ano, devido a vários fatores climáticos, como o aumento da temperatura da superfície do mar. Descubra mais aqui!

Furacão hurricane
Há 60% de probabilidade de uma temporada acima do normal. A durabilidade desta é de 1 de junho a 30 de novembro.

O Centro de Previsão Climática prevê um intervalo provável de 13 a 19 tempestades, das quais entre 6 e 10 podem atingir o nível de furacão, com ventos de 119 km/h ou superior, incluindo 3 a 6 furacões mais intensos (categoria 3, 4 ou 5, com ventos de 178 km/h, no mínimo). Em média, estas temporadas de furacões dão lugar a 12 tempestades, das quais 6 se tornam furacões, e dessas 6, 3 são furacões mais destrutivos.

O aumento da temperatura da superfície do mar, no Oceano Atlântico e no Mar das Caraíbas, juntamente com a redução do vento vertical e uma monção da África Ocidental mais forte, aumentam a probabilidade de uma temporada de furacões, mais intensa, no Atlântico. Condições similares têm vindo a resultar em estações mais ativas desde 1995. Para além disto, é improvável que haja um evento El Niño, que geralmente suprime a atividade de furacões.

A análise das condições atmosféricas atuais e sazonais revela uma condição favorável para uma temporada ativa de furacões no Atlântico, este ano.

Tendo em conta o elevado risco que estas tempestades podem trazer, Dr. Neil Jacobs, administrador interno do NOAA afirma que "os nossos especialistas em previsão, juntamente com atualizações nos nossos modelos de computadores e tecnologias de observação, fornecerão previsões precisas e oportunas para proteger a vida e a propriedade". Isto é possível, também, porque os modelos numéricos de previsão do tempo, ajudam a prever como um ciclone tropical evolui, incluindo a sua trajetória e a alteração de intensidade; quando e onde atingirá a terra e a que velocidade.

Perigo associado a estas tempestades

Tendo em conta a pandemia da COVID-19 e as suas medidas de distanciamento social e permanência em casa, bem como a carga adicional que colocou sobre os serviços de saúde, significa que a próxima temporada de furacões será especialmente desafiadora. Isto também significa que a necessidade de previsões confiáveis a longo prazo e planos de gestão de desastres deste tipo é mais importante do que nunca.

A cada ano, tempestades, inundações, ventos extremos, tornados e raios, associados a furacões e ciclones tropicais, causam destruição e perda de vidas. Por exemplo, em 2019, o furacão Dorian, de categoria 5, atingiu as Bahamas como o furacão mais forte já registado, causando devastação maciça e muitas baixas. Os furacões Florence e Michael causaram grandes impactos nos Estados Unidos, em 2018.

A temporada de furacões de 2017 foi uma das piores já registadas, revertendo o desenvolvimento socioeconómico de muitas comunidades. Três grandes furacões devastadores atingiram a terra, nesse ano, (Harvey no Texas; Irma nas Caraíbas e sudeste dos EUA; e Maria nas Caraíbas e Porto Rico), resultando na perda de vidas e danos nas infraestruturas e na agricultura.