Surto de chikungunya na China: o que é e como se contagia? OMS explica como se proteger

O chikungunya é uma doença viral transmitida ao ser humano através da picada de mosquitos infetados. Saiba mais aqui!

Os sintomas manifestam-se de forma súbita, destacando-se a febre alta e dores articulares severas, que podem ser incapacitantes.

O chikungunya é uma doença viral transmitida ao ser humano através da picada de mosquitos infetados, sobretudo das espécies Aedes aegypti e Aedes albopictus, que também são vetores de outras doenças como a dengue e o Zika.

O chikungunya é uma doença viral transmitida ao ser humano através da picada de mosquitos infetados.

O termo chikungunya” tem origem no idioma makonde, falado na Tanzânia e no norte de Moçambique, e significa "aqueles que se dobram", numa alusão à postura encurvada das pessoas afetadas devido às intensas dores articulares. A doença foi identificada pela primeira vez em 1952, na Tanzânia, e desde então tem-se espalhado por várias regiões tropicais e subtropicais.

Os sintomas

Após a picada do mosquito infetado, o período de incubação do vírus varia geralmente entre 2 a 12 dias, sendo mais comum entre 4 e 8 dias. Os sintomas manifestam-se de forma súbita, destacando-se a febre alta e dores articulares severas, que podem ser incapacitantes. Estas dores são frequentemente acompanhadas por outros sintomas como dores musculares, cefaleias, náuseas, fadiga intensa e erupções cutâneas.

Embora a maioria dos pacientes recupere completamente, as dores articulares podem persistir durante semanas ou meses, e em alguns casos prolongam-se por anos.

As complicações graves são raras, mas podem ocorrer sobretudo em recém-nascidos, idosos e pessoas com doenças crónicas pré-existentes. Não há evidência consistente de transmissão vertical durante a gravidez, mas existem relatos de transmissão ao recém-nascido quando a mãe apresenta febre nas últimas fases da gestação.

Não há evidência consistente de transmissão vertical durante a gravidez, mas existem relatos de transmissão ao recém-nascido quando a mãe apresenta febre nas últimas fases da gestação.

Atualmente, não existe vacina ou tratamento antiviral específico para o chikungunya. O tratamento é sintomático e baseia-se no alívio das dores e da febre, através da administração de paracetamol (acetaminofeno), além de repouso e uma boa hidratação com água, sumos naturais, caldos ou soluções de reidratação oral. A maioria dos casos pode ser tratada em ambulatório, sem necessidade de hospitalização. Por outro lado, a infeção pelo vírus chikungunya costuma conferir imunidade duradoura, o que significa que, em regra, a pessoa não volta a contrair a doença após a primeira infeção.

A prevenção

No que respeita à prevenção, esta centra-se essencialmente no controlo do vetor. O mosquito Aedes tem um ciclo de vida que dura entre 7 a 10 dias, desde o ovo até à fase adulta, e vive cerca de 4 a 6 semanas. A fêmea do mosquito, que necessita de sangue para maturar os seus ovos, costuma picar principalmente ao amanhecer e ao entardecer, embora possa fazê-lo também noutras alturas do dia.

Para evitar a sua proliferação, recomenda-se eliminar ou cobrir recipientes que possam acumular água parada, como vasos, pneus, garrafas e reservatórios. Deve-se ainda acondicionar o lixo de forma adequada, preferencialmente em sacos bem fechados, e manter os ambientes domésticos e exteriores livres de potenciais criadouros.

A Organização Mundial da Saúde disponibiliza um conjunto alargado de recursos relacionados com o chikungunya. Estes incluem publicações científicas e técnicas, dados epidemiológicos e ferramentas de apoio à formação e sensibilização em saúde pública.

Referência da notícia:

https://www.paho.org/es/temas/chikungunya#recursos