Estas são as três erupções vulcânicas mais mortíferas da história

Os vulcões têm sido capazes de matar milhares de pessoas, especialmente os localizados em ilhas. Os registos são chocantes e ensinam-nos a prestar mais atenção à sua monitorização.

erupção vulcânica inteligência artificial (IA)
Os vulcões do mundo são constantemente monitorizados porque as suas erupções têm consequências enormes, resultando por vezes em milhares de mortes.

Esta notícia leva-nos numa viagem de exploração à volta do mundo para descobrir as aberturas na crosta terrestre que se tornaram tão arriscadas e perigosas, especialmente para a memória da humanidade.

As três catástrofes vulcânicas que mais vidas ceifaram na história

Esta viagem no tempo permite-nos conhecer os três cenários vulcânicos que mais mortes causaram e que, naturalmente, perduram na memória coletiva.

Vulcão Monte Tambora

Localizado na ilha de Sumbawa, na Indonésia, a erupção deste vulcão, registada a 10 de abril de 1815, foi a catástrofe mais destrutiva do seu tempo e trouxe consigo consequências climáticas. Este acontecimento ocupa o primeiro lugar da lista, devido ao número de mortes que causou.

vulcão Tambora, Indonésia
As erupções vulcânicas geram alterações drásticas na composição química da atmosfera.

Calcula-se que, entre a explosão, as rochas tóxicas e as ondas de gás, o vulcão do Monte Tambora tenha tirado a vida a 90.000 pessoas. Além disso, a quantidade de enxofre que lançou para a estratosfera foi tão chocante que o nevoeiro atravessou milhares de quilómetros entre os Estados Unidos e a China.

Vulcão Krakatoa

"As erupções vulcânicas em ilhas podem provocar a deslocação de um grande volume de água e a geração de ondas de tsunami extremamente destrutivas", informa a Organização das Nações Unidas (ONU). E foi exatamente isso que aconteceu a 26 de agosto de 1883, com o vulcão Krakatoa, também localizado na Indonésia.

A altura das ondas geradas pela erupção do vulcão Krakatoa atingiu 41 metros acima do nível do mar, destruindo aldeias inteiras e matando 36.417 pessoas.

Posteriormente, a caldeira do vulcão foi destruída. Mas, de acordo com as estatísticas das Nações Unidas, em 1927 nasceu no local um novo vulcão, que recebeu o nome de Anak Krakatoa, que significa "filho de Krakatoa".

Vulcão Yellowstone

"Trata-se de uma das maiores aberturas da Terra e encontra-se em estado ativo", explica a Agência Espacial Europeia (ESA). Situado no Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos, este vulcão entrou em erupção há 640 000 anos.

Vulcão Yellowstone
Mais de um terço do Parque Nacional de Yellowstone está localizado dentro da caldeira do vulcão Yellowstone. Fonte: Michael Nichols (NatGeo).

É enorme! A sua caldeira tem 75 km de comprimento e 45 km de largura. Foi classificado pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço (NASA) como "um super vulcão, cuja erupção cataclísmica seria capaz de mergulhar o mundo numa catástrofe e levar a humanidade à beira da extinção". O JPL observa que tais superexplosões são muito raras, tendo o vulcão Yellowstone registado apenas três erupções em 2,1 milhões de anos.

O atual perigo vulcânico que preocupa o México

O vulcão Popocatépetl, localizado entre os estados de Puebla e Morelos, no centro do México, gerou uma enorme angústia entre os seus cidadãos por ter entrado em atividade durante o mês de maio de 2023.

De acordo com a monitorização do Centro Nacional de Prevenção de Catástrofes (Cenapred) do governo mexicano, divulgada na quarta-feira, 19 de julho, "foram detectadas 67 exalações de baixa intensidade, acompanhadas de vapor de água, gases vulcânicos e, por vezes, pequenas quantidades de cinzas". A entidade acrescenta que "adicionalmente, foram registados 162 minutos de tremor de alta frequência de baixa a média amplitude".

Atualmente, o vulcão Popocatépetl está sob alerta amarelo de fase 2. Por isso, recomenda-se não escalar o vulcão, devido aos fragmentos incandescentes que são lançados pelas suas explosões.