Ciclones Tropicais: como se formam?

Os ciclones tropicais estão entre os sistemas climáticos mais poderosos e destruidores do planeta. Descubra aqui como se formam e como são classificados.

Ciclones tropicais como o Idai, o Kenneth e o Fani são potencialmente devastadores e muito perigosos. Fonte: NOAA.

Segundo dados da Organização Meteorológica Mundial, formam-se anualmente em média 80 ciclones tropicais sobre as águas quentes dos oceanos nas zonas tropicais. Na génese da sua formação está uma depressão tropical, que na sua evolução passa a tempestade tropical se o vento superar os 61 km/h e posteriormente, caso a velocidade do vento ultrapasse os 118 km/h, passa a designar-se ciclone tropical.

Na comunidade meteorológica, um ciclone tropical é o termo geral para um “ciclone que tem origem nos oceanos tropicais” ou, mais tecnicamente, um sistema de baixa pressão não frontal a um escala não sinótica que se forma sobre águas tropicais e subtropicais com forte conveção, ou seja, com fortes movimentos verticais ascendentes e uma circulação ciclónica fechada nos níveis mais baixos.

Designação e classificação dos ciclones tropicais

De acordo com a região onde se formam, os ciclones tropicais têm diferentes designações. São chamados de furacões no Atlântico, Pacífico Norte Oriental e Pacífico Sul, tufões na região oeste do Pacífico Norte e ciclones no Oceano Índico e na região SW do Oceano Pacífico.

Não importa se eles são chamados de ciclones tropicais, furacões ou tufões, todos eles estão entre os mais devastadores de todos os fenómenos atmosféricos. O potencial para destruir é causado pelos ventos violentos, chuvas torrenciais e sobre-elevação da água do mar, que causam graves impactos no terreno, tais como perda de vidas humanas e animais, destruição de construções e campos agrícolas, queda de árvores, deslizamentos de terra, cheias e inundações provocando graves impactos sócio-económicos nos países afetados.

Destruição após passagem de um ciclone tropical.

Os impactos causados dependem não só da maior ou menor intensidade do ciclone, que é classificada de acordo com a velocidade do vento, mas também da vulnerabilidade da região afetada e da extensão das áreas atingidas. A intensidade do ciclone tropical é um assunto complexo. As escalas mais comuns para classificar os ciclones tropicais são organizadas em torno da velocidade do vento.

O Centro Nacional de Furacões dos EUA utiliza a Escala de furacões de Saffir-Simpson para ciclones tropicais que se formam no Oceano Atlântico norte ou no Oceano Pacífico nordeste, no entanto a Austrália utiliza uma escala diferente para a sua região.

Escala de Saffir-Simpson

A escala Saffir-Simpson vai de 1 a 5 e utiliza a intensidade dos ventos dos furacões, para os classificar por categorias. Foi criada em 1969 pelo engenheiro civil Herbert Saffir e pelo meteorologista Robert Simpson. A escala Saffir-Simpson é usada para dar a estimativa do potencial risco de danos e inundações esperados durante a passagem de um furacão. A categoria é estimada através da velocidade do vento mantida durante 1 minuto.

Na categoria mais baixa, categoria 1, os ventos sopram entre os 119 km/h e os 153 km/h, enquanto que na categoria 5, a mais alta, os ventos são superiores a 249 km/h. Nas categorias intermédias, categoria 2, ventos entre os 154km/h e 177 km/h; categoria 3, ventos entre 178km/h e 210 km/h e categoria 4, ventos entre 211km/h e 249 km/h.

Distribuição dos ciclones tropicais no globo

Todos os anos, vários ciclones causam desastres naturais em várias regiões tropicais e subtropicais do globo. No entanto onde é mais frequente aparecerem ciclones, é no oceano Pacífico, cerca de 57%, seguindo-se o Índico, com cerca de 31%, e por último o Atlântico com cerca de 12%.