Vem aí a chuva de meteoros Eta Aquáridas: saiba como observar!

Nas próximas noites temos um encontro astronómico ‘marcado’ com o céu. Aproxima-se o pico das Eta Aquáridas, mas quantas vamos poder ver e de onde serão melhor observadas? Contamos-lhe tudo aqui!

Chuva de meteoros; chuva de estrelas; Eta Aquáridas
As Eta Aquáridas terão o seu pico de atividade na noite de 5 para 6 de maio.

O mês de abril apresentou mais dias de céu nublado do que limpo, impedindo consideravelmente a visão do céu noturno. De momento, parece que o mês de maio seguirá as suas pisadas, embora deva surgir uma trégua bastante oportuna. Ao longo dos próximos dias, temos um encontro astronómico ‘marcado’ com as Eta Aquáridas, que connosco permanecerão até finais deste mês.

O que são as Eta Aquáridas?

São estrelas cadentes que provém da constelação de Aquário, daí a designação atribuída a este fenómeno dado que “os traços das suas estrelas cadentes nos parecem sair de um ponto da constelação de Aquário”, de acordo com o Observatório Astronómico de Lisboa.

A sua origem reside no famoso cometa 1/P Halley, tal como as suas ‘irmãs’ Oriónidas durante o mês de outubro, aquando do seu movimento de translação anual. Este cometa, como qualquer outro, desintegra-se quando é atingindo por fragmentos de outros asteroides ou pela ação de forças gravitacionais, deixando um rasto de partículas e de pequenos meteoros, dando origem ao espetáculo visual que tanto apreciamos.

A entrada desses fragmentos na atmosfera terrestre é considerada uma chuva de meteoros ou chuva de estrelas, cujas partículas viajam a velocidades inimagináveis, de quase 250.000 quilómetros por hora. Desde 19 de abril que as Eta Aquáridas são visíveis a partir de muitos locais do planeta, estimando-se que permaneçam connosco até 28 de maio.

telescópio; céu noturno; observação
A fim de melhor observar o céu noturno, desloque-se para um local que tenha um miradouro, uma montanha ou um ponto afastado da cidade.

Aproxima-se o pico de atividade

No que diz respeito ao cometa 1P/Halley, foi avistado no céu, pela última vez, em 1986 e estima-se que só volte a entrar no Sistema Solar no ano de 2061, ou seja, a cada 76 anos. Aquilo que decerto vamos poder apreciar mais cedo, serão, sem dúvida, as Eta Aquáridas, e isto claro, se o estado do céu e da Lua nos permitirem fazê-lo.

São esperados, em média, 50 meteoros por hora, a viajar a velocidades de 66 km/s, estimando-se que o pico de atividade ocorra pelas 04 horas da madrugada de dia 6.

Em Portugal, vamos poder desfrutar do apogeu desta chuva de estrelas a olho nu nas próximas noites, em concreto entre a noite de 5 para 6 de maio, e em específico pelas 04 horas da madrugada do dia 6, quando se der o nascimento da constelação de Aquário. Naturalmente, isso não quer dizer que nas restantes noites do mês, o céu noturno não mereça ser contemplado.

Em média, são esperados 50 meteoros por hora, durante as próximas noites, que viajam a velocidades de 66 km/s. Felizmente, a Lua em fase minguante permitirá a observação dos meteoros durante uma parte da noite.

Um bom ano para observar este fenómeno

Apesar de ser um fenómeno visível em vastas áreas do planeta, o Hemisfério Sul terá mais chances de desfrutar deste evento astronómico, particularmente nas áreas entre o Equador e os 30 graus de latitude Sul. Naquela área do globo, a duração do dia está a diminuir, à medida que o Outono progride. As noites mais longas acabam por proporcionar mais tempo para visualizar esta chuva de meteoros.

Para os próximos dias, a estabilidade meteorológica imperará em grande parte do território de Portugal continental, exceto talvez nas regiões do Minho e Douro Litoral. Longe dessas nuvens, qualquer lugar que proporcione um céu escuro será bom para a observação: miradouro, montanha ou ponto afastado da cidade. É recomendável que se dirija para um local com poucos obstáculos visuais e não utilize instrumentos óticos que limitem o seu campo de visão.