Super Tufão Surigae estabelece recorde ao passar perto das Filipinas

Segundo registos oficiais, o super tufão Surigae tornou-se o primeiro ciclone tropical do hemisfério Norte a atingir uma pressão inferior a 900 millibares antes de 1 de maio. Este monstruoso sistema chegou a alcançar Categoria 5, ao passar muito perto das Filipinas. Deixará impactos? Saiba mais!

super tufão; furacão; pacífico
O super tufão Surigae tornou-se no primeiro furacão de 2021, alcançou categoria 5 e é um dos mais precoces de sempre. Surgiu antes de 1 de maio, data que marca o arranque oficial da época de furacões.

O super tufão Surigae, inicialmente identificado como uma tempestade tropical, formou-se a leste das Filipinas na passada quarta-feira (14). Entretanto, intensificou-se de uma forma ‘explosiva’ ao longo dos últimos dias, convertendo-se numa das tempestades mais fortes e mais precoces que o mundo já conheceu, inaugurando a temporada de furacões de 2021. Tem força equivalente à de um furacão de categoria 5. Passará perto das Filipinas, onde localmente será rebatizado de Bising.

Como costuma acontecer nestes casos, há uma certa dança de números nas várias estimativas da força do vento. De acordo com o último alerta do Joint Typhoon Warning Center (JTWC), o vento médio sustentado de um minuto chega a 278 km/h, com rajadas de 333 km/h. A Agência Meteorológica do Japão (JMA) estima uma pressão central de 900 hPa. Com estes dados, são batidos os recordes de baixa pressão e vento numa época do ano tão precoce, sendo também o tufão mais forte do mês de abril desde que a Era do Satélite começou, mas os registos não param por aí.

Esta pressão extremamente baixa, em combinação com os ventos extraordinariamente fortes de 250 a 305 km/h do super tufão, coloca este sistema não só no topo dos recordes dos tufões em abril, mas também perto do topo dos livros de recordes para qualquer época do ano. A única comparação possível pode ser encontrada na bacia do Atlântico, quando decorria o ano de 2005 e o furacão Wilma chegou a apresentar uma pressão de 882 hPa.

Condições para a formação do tufão e trajetória prevista

As águas quentes, amplas e profundas do Mar das Filipinas (em torno dos 30 ºC) e a falta de cisalhamento do vento contribuíram para o rápido processo de intensificação do tufão.

Se o Surigae continuar com este percurso, um mal maior será evitado, uma vez que grande parte do sistema ficará em águas abertas, não atingindo as Filipinas com o máximo das suas forças. Porém, alguns impactos poderão ser sentidos, especialmente nos territórios do leste do arquipélago. Uma vez que nas últimas horas a trajetória prevista do tufão alterou-se, indo agora em direção a noroeste no meio das águas do oceano, o arquipélago, felizmente já não será diretamente atingido.

Ainda assim, poderá experienciar alguns impactos, entre chuvas fortes, ventos intensos, maré de tempestade e inundações costeiras. Entretanto, de acordo com as últimas atualizações das previsões do Tropical Storm Risk, ao longo das próximas horas o sistema vai continuar a deslocar-se para norte, baixando para categoria 4, e reduzindo de intensidade gradualmente em mar aberto ao dar de caras com condições meteorológicas menos favoráveis.