Inundações caóticas voltam a afetar Grande Lisboa e outras regiões do país

Nem uma semana depois, a região da Grande Lisboa voltou a ser assolada por um caótico temporal que trouxe chuva forte e cheias e inundações repentinas. Nesta madrugada e manhã de terça-feira (13), cerca de seis dias depois do último temporal, os relatos e ocorrências do episódio meteorológico severo repetiram-se.

Desde carros submersos ou arrastados pelas águas que pareciam rios, estradas cortadas, linhas ferroviárias condicionadas, escolas (de Loures e Oeiras, pelo menos) e estabelecimentos comerciais forçados ao encerramento, muros que desabaram (no Colégio Militar em Benfica e em Oeiras), pessoas resgatadas de carros, ruas e estradas inundadas, habitações e garagens alagadas, até 30 cães resgatados pelo IRA.

Duas pessoas tiveram de ser hospitalizadas após a viatura em que estavam ter ficado soterrada no IC17. Há vários desalojados e as autoridades apelaram às pessoas que fiquem em casa.

Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) chegou mesmo a mencionar esta situação das cheias como uma “catástrofe no sentido informal da palavra”, apelou aos cidadãos para que evitem sair à rua e voltou a fazer referência ao Plano Geral de Drenagens de Lisboa, como uma obra estrutural que promete resolver o problema. Ou pelo menos mitigar.

Algumas das áreas geográficas mais afetadas na região da capital de Portugal continental foram Cascais, São Domingos de Rana, Loures, Oeiras, Algés, Alcântara e Lisboa, entre muitas outras. A precipitação chegou a acumular 30 milímetros numa hora, tendo-se registado centenas de ocorrências em poucas horas. Segundo os dados oficiais (ANEPC-ProCiv), das mil ocorrências nas últimas 14 horas em Portugal continental, 43% foram registadas no distrito de Lisboa.

A situação meteorológica estava tão adversa que a Proteção Civil viu-se obrigada a acionar o Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo. Algés está totalmente inundada e regista uma das situações mais críticas, como se pode ver nos vídeos que compilámos.

Segundo o jornal Expresso, “as equipas especiais de todo o distrito de Lisboa (Mafra, Sintra e Oeiras) foram mobilizadas para reforçar as operações em Algés”.

Ainda segundo o Expresso, Ricardo Brito, comando dos bombeiros, disse que a normalidade da vida dos cidadãos de Algés estava a tentar ser restabelecida. “A Baixa de Algés toda está afetada, não há hipótese, desde o Largo do Comandante à Escola Luís Madureira e avenida marginal, passando pela rua Doutor Manuel de Arriaga e Luís de Camões.”.

Mas não só na região de Grande Lisboa ocorreram graves inundações. Também na localidade alentejana de Campo Maior (Portalegre), casas, garagens e vias públicas ficaram inundadas e carros submersos. Siga connosco toda a informação quanto ao estado do tempo em Portugal continental, Açores e Madeira.