Dois tufões sobressaltaram o Japão e a China

O território japonês e a parte oriental da China têm sido afetados por alguns eventos meteorológicos extremos que colocaram em perigo centenas de milhões de pessoas, já muito fustigadas pelas chuvas intensas das últimas semanas. Fique a saber tudo sobre este tema, connosco!

Fotografia aérea de um tufão.
Imagem de um tufão a afetar Taiwan, a China e o Japão, com impactes severos no quotidiano da população.

Dois eventos específicos afetaram algumas ilhas japonesas bem como o Leste e parte dos territórios do centro da China, na última semana. Dois tufões, numerados pela Agência Meteorológica Japonesa (JMA, na sigla em inglês) com os números 6 e 8, afetaram Taiwan e depois a China continental (6) e a principal ilha do Japão (8) trazendo ventos fortes e chuvas torrenciais, causadoras de um elevado nível de destruição.

O tufão número 6, também denominado Infa, devastou, em primeiro lugar, a ilha de Taiwan tendo levado ao encerramento de portos, de linhas de caminho de ferro, bem como de escolas e mercados, por precaução. Os ventos e as chuvas fortes foram responsáveis pela queda de árvores, pela destruição de centenas de casas bem como pela ocorrência de inundações costeiras.

(...) é sobejamente conhecida a instabilidade do Oceano Pacífico nesta altura do ano, com as temperaturas elevadas da água do mar e serem causadoras de inúmeros eventos idênticos aos que ocorreram nos últimos dias.

Numa fase posterior, este tufão afetou no território continental chinês algumas províncias do litoral (Zhejiang), bem como algumas no centro, mais afastadas do litoral. Na província de Henan, as autoridades registaram pelo menos 56 vítimas mortais resultados das cheias que ocorreram antes da passagem deste tufão. Com a passagem deste evento, a população já vulnerável corre ainda mais riscos.

Já na província de Zhejiang tal como na cidade de Xangai, em cinco dias choveram aproximadamente 1000 mm de água devido à passagem do Infa. Este valor, muito superior à média para esta altura do ano, foi responsável pela ocorrência de inundações que posteriormente causaram danos em infraestruturas públicas e habitacionais.

Tufão n.º 8 e os Jogos Olímpicos

Paralelamente ao Infa, a JMA monitorizou no início da semana um outro evento, dominado Nepartak que afetou as principais ilhas do Japão e, consequentemente, a organização dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, que devido à pandemia de Covid-19 se realizam por esta altura.

Várias modalidades das olimpíadas foram afetadas pela passagem deste sistema de baixas pressões, que afetou Tóquio com mais intensidade na passada terça-feira. As modalidades ao ar livre (tiro com arco), mas principalmente as que se realizam em meio aquático (surf e remo, por exemplo) foram as mais afetadas, sendo que alguns eventos foram antecipados e outros adiados.

Este tufão trouxe ao arquipélago japonês ventos na ordem dos 80 km/h, precipitação de 150 mm nas áreas mais afetadas e forte agitação marítima. A JMA apontou como áreas mais afetadas, as regiões de Tohoku e Kanto-Koshin, na metade mais a Norte de Honshu, a maior ilha do arquipélago.

Após a passagem pela cidade sede dos Jogos Olímpicos, o Nepartak dirigiu-se para o Mar do Japão onde acabou por perder força e tornar-se numa tempestade tropical severa (classificação da JMA), já com pouco potencial destrutivo. No entanto, é sobejamente conhecida a instabilidade do Oceano Pacífico nesta altura do ano, com as temperaturas elevadas da água do mar e serem causadoras de inúmeros eventos idênticos aos que ocorreram nos últimos dias.

Estarão os Jogos Olímpicos a salvo, ou ainda serão afetados por mais situações meteorológicas adversas?