Delta Aquáridas e Perseidas: chuvas de estrelas por toda a parte!

A chuva de estrelas Delta Aquáridas não tarda em iluminar o céu noturno, e para os amantes da Astronomia, isso será fantástico. Para além disso, ao longo do verão, nas condições certas também poderemos desfrutar das Perseidas. Não perca a oportunidade!

Delta Aquáridas
Nos meses de verão, vamos poder contemplar o espetáculo noturno proporcionado pelas chuvas de estrelas Delta Aquáridas e Perseidas. Saiba quando será o pico da sua atividade.

Mesmo não integrando o lote das chuvas de estrelas mais famosas e brilhantes do ano, as Delta Aquáridas são uma excelente aposta para observadores e curiosos pela Astronomia e pelo Universo. A grande popularidade das estrelas fugazes do verão é ostentada pelas Perseidas. Desta vez, e de forma muito semelhante ao ano passado, as condições de observação não serão muito favoráveis, chegando ao seu pico alguns dias após a fase de Lua Cheia.

A origem das Delta Aquáridas

Os meteoros Delta Aquáridas são originários do Cometa 96P Machholz – que orbita em redor do Sol a cada 5 anos – e surgem quando o planeta Terra atravessa o caminho orbital de um cometa. O nome desta chuva de meteoros resulta dos traços das suas estrelas cadentes nos parecerem sair dum ponto da constelação do Aquário (o radiante). Segundo o Observatório Astronómico de Lisboa, a chuva de meteoros noturna das Delta Aquáridas ocorre entre 12 de julho e 23 de agosto, e a atividade máxima de intensidade desta chuva de meteoros será no dia de 30 de julho.

As Delta Aquáridas são de 12 de julho a 23 de agosto, e alcançam a sua atividade máxima no final deste mês, quase coincidindo com a fase de Lua Cheia.

O clarão que tanta admiração nos causa tem origem quando os fragmentos do cometa, que viajam pelo espaço a uma velocidade de aproximadamente 15.000 quilómetros por hora, entram na nossa atmosfera. Assim que entram, começam a desintegrar-se, desenhando o céu com bonitas linhas brilhantes e efémeras.

Quando são e como as vamos poder observar?

Nas noites do 28 ao 30 de julho as Delta Aquáridas vão alcançar o seu pico máximo. Embora sejam pouco intensas, são esperados cerca de 25 meteoros por hora, uma taxa de atividade inferior à do hemisfério Sul. A melhor altura para as observarmos será após a meia-noite, por volta das 2 ou 3 horas da madrugada, quando o céu estiver totalmente escuro, livre da nebulosidade ou chuva, e o seu ponto radiante estiver mais elevado no céu, apesar da luz da Lua.

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Qualquer miradouro, montanha ou ponto distante das cidades pode transformar-se no lugar ideal para desfrutar da noite banhada de estrelas. Como esta chuva de estrelas é pouco intensa, há que ter em conta o panorama meteorológico. Além disso, é aconselhável chegar ao local eleito entre meia a uma hora antes de começar a observação do espetáculo, porque dessa forma o nosso olhar terá tempo para se adaptar às condições de luminosidade.

E quando começam as Perseidas, as mais populares do verão?

A Delta Aquáridas é uma chuva de estrelas de longa duração, e, além do mais, a partir de 17 de julho vai partilhar o céu com as Perseidas, as mais populares e também conhecidas como “Lágrimas de São Lourenço”. Para distinguirmos umas das outras, basta observar o movimento dos meteoros: enquanto que as Perseidas irradiam da constelação Perseus, procedentes do Norte, se vir clarões vindos de Sul, saberá que são as Delta Aquáridas.

A chuva de estrelas Perseidas ou “Lágrimas de São Lourenço” terão início a 17 de julho, atingindo a sua atividade máxima a 12 de agosto.

As Perseidas serão visíveis desde todo o hemisfério norte, em pleno verão, e a sua taxa de atividade máxima chegará aos 110 meteoros por hora. A sua abundante atividade, conjugada com as condições meteorológicas favoráveis para a sua observação ao longo de todo o verão, tornam as Perseidas a chuva de estrelas mais popular. Não obstante, teremos de esperar até meados de agosto para as vermos no seu auge.