Como será o tempo na segunda quinzena de janeiro?

Após uma primeira metade de janeiro caracterizada pelo frio intenso, pela estabilidade e pelo sol, com alguma queda de neve pelo meio, a segunda quinzena do mês reserva um cenário meteorológico completamente distinto. O que vai acontecer? Contamos-lhe tudo aqui!

chuva; frentes; instabilidade
A segunda metade do mês reserva um cenário meteorológico completamente distinto da primeira quinzena.

A primeira quinzena de janeiro foi, sem dúvida, uma das mais frias do século XXI. Além do frio intenso, em que persistiram temperaturas mínimas extremas que durante vários dias cobriram o território continental com mínimas abaixo de 0 ºC, da formação de gelo e geada, nevoeiro e inversão térmica, e da queda de neve associada à passagem da depressão Filomena, à qual se seguiu uma situação anticiclónica de sol, muito frio e estabilidade, o que nos reserva a atmosfera para a segunda metade do mês?

De momento, os mapas de previsão auguram um padrão meteorológico totalmente distinto daquele que nos abrangeu na primeira metade de janeiro. Entretanto, também nas Regiões Autónomas, a primeira metade do mês foi muito variável e instável, sobretudo na Madeira, que foi atingida em cheio pela depressão Filomena. Por lá, as cheias e os deslizamentos de terra causaram inúmeros estragos.

Até domingo as temperaturas vão subir

A partir de hoje as temperaturas vão começar a subir, tanto as máximas como as mínimas, quer em Portugal continental, quer nos Açores e na Madeira, esperando-se uma diminuição substancial na formação de gelo e geada nas madrugadas. As máximas alcançarão os 16 ºC em vários pontos do Baixo Alentejo e do Algarve e nas Ilhas vão rondar os 17 ºC. Não se prevê precipitação para Portugal continental, diferentemente dos Açores e da Madeira, onde a chuva cairá de forma contínua embora num regime suave.

Na próxima semana vai chover bastante

Se esta primeira quinzena foi essencialmente muito fria e soalheira, a segunda metade de janeiro antecipa um panorama totalmente diferente. Será em princípio, a partir do meio-dia da próxima terça-feira (19), que uma poderosa frente associada a um sistema ciclónico atlântico atingirá em cheio Portugal continental, entrando a partir do Noroeste Minhoto desde o distrito de Viana do Castelo, e estendendo-se posteriormente para leste e para sul. O dia de quarta-feira (20) será o mais crítico, com um aumento da intensidade do vento e da quantidade de precipitação estimada, prevendo-se que esta situação se mantenha até quinta-feira. O país inteiro registará precipitação superior ao normal, com destaque para o Minho e Douro Litoral.

A partir de sexta-feira (22), a instabilidade começará a diminuir, esperando-se uma distribuição mais irregular da precipitação, embora mais concentrada pela região Norte e em alguns pontos da região Centro. Durante toda esta semana, os mapas parecem indicar a queda de neve apenas nas cotas mais altas dos sistemas montanhosos. As temperaturas diurnas já estarão mais normalizadas variando, em geral, entre os 13 ºC e os 15 ºC de máxima no território continental.

Os últimos dias serão chuvosos e nublados

De momento, o modelo de previsão do ECMWF sugere um cenário com anomalia térmica positiva para a última semana de janeiro, a partir de segunda-feira (25), o que quer dizer que as temperaturas estarão dentro do normal ou ligeiramente acima da média do período de referência, tal como na semana anterior. Além disso, estima-se que os níveis de precipitação sejam superiores ao normal em grande parte da geografia continental, exceto em pontos do Baixo Alentejo e do Algarve, regiões em que deverá precipitar dentro do que é habitual.

As situações de calma anticiclónica praticamente desaparecerão na segunda metade do mês, muito por culpa do vento associado às tempestades atlânticas que previsivelmente irão surgindo, uma após outra.