O que esperar do tempo para a segunda quinzena de março?

A primeira metade de março registou, no geral, um panorama estável, seco e soalheiro em Portugal continental, com poucos episódios de chuva. Para a segunda quinzena, será que estão reservadas alterações ou continuará assim? Confira a previsão!

sol; céu pouco nublado; estabilidade
A primeira quinzena de março 2021 em Portugal continental caracterizou-se pela estabilidade atmosférica. Continuará assim até ao final do mês?

A primeira quinzena do mês de março registou poucos episódios de instabilidade atmosférica, em que prevaleceu o domínio das altas pressões na maioria dos dias. Não obstante, entre os dias 4 e 5 surgiram alguns aguaceiros dispersos, acompanhados de trovoada, mais concentrados no sul do país. Uns dias mais tarde, uma pequena frente deixou chuva fraca em alguns pontos do país, com mais ênfase nas terras do Minho e Douro Litoral.

Tem vigorado um tempo seco, relativamente fresco e soalheiro numa tónica completamente oposta aos dois primeiros meses de 2021. O que nos reserva a segunda quinzena?

Será que o tempo vai continuar seco e soalheiro?

Nesta terceira semana de março, o estado do tempo arrancou ameno e soalheiro, marcado pela ausência de chuva. Segundo o modelo Europeu, tudo indica que nos próximos dias a estabilidade vai permanecer em território continental, dando continuidade a um dos marços mais secos e estáveis dos últimos anos. O anticiclone prossegue imparável, o que resulta no desvio dos centros de baixas pressões para outras latitudes.

De norte a sul de Portugal continental, os níveis de precipitação previstos situar-se-ão em níveis consideravelmente inferiores à média de referência, sobretudo na região Norte, e em particular nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto e Aveiro. Nestas áreas, os valores de pluviosidade refletir-se-ão numa anomalia negativa de até -60 mm abaixo do habitual para esta altura do ano.

Na quarta e última semana do mês, até dia 29, o panorama será semelhante, embora com a agravante de se estender para leste, em direção ao interior, onde abrangerá mais territórios da região Norte e Centro, como os distritos de Vila Real, Viseu, Coimbra e partes de Bragança e da Guarda.

Em geral, toda a nossa geografia registará escassez de chuva se as previsões se mantiverem. Ainda assim, é importante realçar que não é devido às anomalias previstas que a chuva não irá surgir. De facto, deverá surgir de forma fraca e esporádica entre os dias 23 e 25 e possivelmente de novo, entre os dias 27 e 29.

Continuará ameno ou irá arrefecer?

A semana arrancou amena e, hoje mesmo, dia 16, os termómetros, um pouco por todo o país, estão a registar dos valores mais elevados do ano 2021 até agora. Esta toada manter-se-á durante mais um dia. No entanto, numa semana que será de contrastes térmicos, notaremos a partir de quinta-feira (18) a influência da chegada de uma perturbação polar continental seca que injetará ar frio e provocará uma descida notória das temperaturas. O vento de Leste/Nordeste contribuirá para o aumento da sensação de frio.

A partir de quinta-feira (18), a chegada de uma perturbação polar continental seca arrastará ar frio, provocando uma descida notória das temperaturas em todo o país, que será mais evidente no interior.

Esta situação continuará no nosso país durante alguns dias, prevendo-se que se prolongue pelo menos até dia 23. No cômputo geral, nesta terceira semana de março, o país registará temperaturas ligeiramente abaixo ou dentro do normal na metade ocidental do território. Pelo contrário, a metade oriental do país (interior), composto pelos territórios da região de Trás-os-Montes, da Beira Alta e Beira Baixa e do Alto Alentejo registará mais frio que o normal.

Os termómetros marcarão valores até -1 ºC ou -3 ºC abaixo do habitual, como consequência da invasão da já mencionada intrusão de ar ártico. Todo o continente europeu será alvo desta massa de ar muito fria, à exceção da metade ocidental de Portugal continental.

Ao invés, na quarta semana, serão a faixa costeira ocidental e uma grande parte da região do Algarve, as regiões que denotarão anomalia térmica negativa esperando-se tempo mais fresco do que é costume nestes lugares. Quanto ao resto do país não estão previstas novidades significativas do ponto de vista térmico.