Chuva escassa e irregular marca a semana de 24 a 29 de junho, com tempo instável a dar lugar ao calor extremo

A semana de 24 a 29 de junho de 2025 será marcada por uma precipitação escassa e muito irregular em Portugal Continental. O início da semana ainda será influenciado pela presença de uma depressão isolada em altitude (DINA), que poderá contribuir para alguma instabilidade atmosférica, particularmente nas regiões do Interior Norte e Centro.

Nesta terça-feira, 24 de junho, prevê-se a ocorrência de aguaceiros e trovoadas localizadas, com maior probabilidade durante a madrugada e o início da tarde, afetando sobretudo zonas próximas da fronteira com Espanha. No litoral, a precipitação será menos provável, embora a nebulosidade variável e o vento moderado possam contribuir para um ambiente instável e desagradável.

Após uma terça-feira de S. João com aguaceiros, quarta-feira pautar-se-á pela transição para bom tempo

Na quarta-feira, 25 de junho, com o progressivo afastamento da DINA, a instabilidade diminui, mas persistem possibilidades de precipitação fraca ou aguaceiros residuais no litoral Norte, sobretudo a norte do Cabo Raso, nas primeiras horas do dia.

Até quarta-feira (25), espera-se que a precipitação acumulada se situe em torno dos 6 mm na região Norte. No restante território, o tempo tornar-se-á progressivamente mais seco, com céu pouco nublado e maior estabilidade atmosférica ao longo da tarde. O ar tornar-se-á também mais limpo, com o desaparecimento das poeiras em suspensão.

A partir de quinta-feira, 26 de junho, dá-se uma mudança clara no padrão meteorológico, com a instalação progressiva de uma crista anticiclónica sobre o Atlântico, estendendo-se à Península Ibérica. As condições tornam-se francamente estáveis, e a precipitação praticamente desaparece de todas as projeções para o território continental.

O céu manter-se-á geralmente pouco nublado ou limpo, com exceção de possíveis neblinas ou nevoeiros matinais no litoral Oeste e em vales encaixados, que se dissiparão ao longo do dia. A ausência de precipitação será acompanhada de uma subida das temperaturas no Interior, com máximas a ultrapassar os 35 ºC em várias localidades do Alentejo e da Beira Baixa. No litoral, apesar do tempo seco, o efeito da nortada manterá as temperaturas mais moderadas.

Entre sexta-feira e o fim de semana intensifica-se o calor em Portugal Continental

Na sexta-feira, 27 de junho, o domínio da crista anticiclónica reforça-se, e a atmosfera estabiliza completamente. Não se prevê qualquer precipitação em Portugal Continental. O céu estará geralmente limpo, e apenas algumas nuvens altas ou formações orográficas nas serras do Norte e Centro poderão surgir ao final do dia. As temperaturas continuam a subir, com máximas entre os 37 ºC e os 40 ºC no Interior Sul e Centro.

O céu manter-se-á limpo e seco em todo o território, e a precipitação será inexistente. O vento será fraco, o que poderá favorecer a acumulação de calor nas zonas interiores, sem alívio noturno significativo. No litoral Oeste, as temperaturas serão mais contidas, entre os 22 ºC e os 28 ºC, mas também sem previsão de chuva, embora com possibilidade de alguma nebulosidade baixa temporária nas manhãs.

Nos Açores, a semana começa com tempo relativamente estável e seco, mas a partir de sábado poderá surgir precipitação fraca nas ilhas do grupo ocidental, associada à aproximação de uma nova depressão. No domingo, a precipitação poderá alargar-se às restantes ilhas, acompanhada de vento moderado a forte e tempo abafado.

Na Madeira, prevê-se tempo seco durante toda a semana, com céu pouco nublado e temperaturas acima da média, que poderão atingir os 30 ºC, sobretudo no sul da ilha. A precipitação será praticamente nula em todo o arquipélago.

Em termos acumulados, a precipitação entre 24 e 29 de junho será muito reduzida. Os dados do modelo europeu (ECMWF), utilizados, trabalhados e concebidos pelo nossa equipa e Departamento de Meteorologia na Meteored, indicam que apenas algumas áreas do Norte e Centro interior poderão registar até 5 mm de chuva, nos dias 24 e 25.

No restante território continental, a precipitação será nula. Esta distribuição desigual e esparsa é típica de situações de instabilidade residual pós-DINA, não devendo ser interpretada como um sinal de retorno da chuva regular.

A partir de quinta-feira, 26 de junho, o cenário de tempo seco pode instalar-se de forma generalizada, podendo representar o início de uma vaga ou mesmo de uma onda de calor, a confirmar nos próximos dias consoante a persistência dos valores térmicos anómalos.