Sofre de enxaquecas? Esta informação é para si

Dezembro chegou e com ele os compromissos das festas de Natal, do fim de ano e de muitas reuniões. Há pessoas que são hipersensíveis a alguns alimentos e podem desequilibrar-se durante esta época, como é o caso das pessoas que sofrem de enxaquecas.

Um estudo publicado na revista Nature explica que o consumo de vinho tinto induz dores de cabeça em algumas pessoas, que podem beber outro tipo e não ter essa manifestação. A causa? Segundo a investigação, esse efeito é atribuído a uma lista de substâncias contidas no vinho tinto, como o alto teor de fenólicos.

Alguns consumidores de álcool apresentam rubor e dores de cabeça, o que é atribuído a uma variante disfuncional da ALDH2, a enzima que metaboliza o acetaldeído, permitindo a sua acumulação.

O vinho tinto contém níveis muito mais elevados de quercetina e dos seus glicosídeos, ao passo que o vinho branco ou outras bebidas alcoólicas não contêm. No entanto, esta é ainda uma hipótese que precisa de ser testada em seres humanos para ser comprovada.

Algumas pessoas têm fatores desencadeantes bem definidos para as suas crises de enxaqueca e, entre eles, encontra-se o vinho tinto.

A enxaqueca é uma dor de cabeça que pode causar uma dor intensa e latejante ou uma sensação de pulsação, normalmente num dos lados da cabeça, que pode começar com uma dor na parte inferior da nuca, depois subir e instalar-se nesse lado da cabeça. É frequentemente acompanhada de náuseas, vómitos e sensibilidade à luz, ao ruído e aos odores.

Gatilhos das crises de enxaqueca

Causas ambientais, como cheiros, perfumes muito fortes e pungentes, luzes intermitentes ou figuras em movimento podem provocar a crise. Em algumas pessoas, os fatores desencadeantes são determinados alimentos ou bebidas, como o vinho tinto. Algumas pessoas referem o início de crises de enxaqueca depois de comerem amendoins ou chocolate.

Os neurologistas alertam para o facto de a enxaqueca ser um problema para toda a vida, existindo tratamentos que podem controlar as crises. Pode começar na infância e depois desaparecer e reaparecer sob novas formas ao longo da vida da pessoa.

As bebidas alcoólicas estão associadas a dois tipos de cefaleias induzidas pelo álcool, segundo a International Headache Society. A primeira cefaleia, imediata ou primária, começa dentro de 3 horas após o consumo de álcool e desaparece dentro de 72 horas após a interrupção do consumo de álcool.

Em segundo lugar, a cefaleia retardada induzida pelo álcool ou pela ressaca desenvolve-se entre 5 a 12 horas após a ingestão de álcool e resolve-se nas 72 horas seguintes.

Sabe-se que o álcool provoca dores de cabeça quando consumido em grandes quantidades. As cefaleias induzidas pelo álcool têm sido atribuídas de várias formas ao efeito direto dos álcoois, ao metabolismo do álcool, à composição genética e à presença de congéneres.

O álcool é metabolizado no fígado, razão pela qual os especialistas insistem que o abuso de álcool prejudica a saúde deste órgão. Por esta razão, convidam também as pessoas a cuidarem dos seus níveis de glicose, ou seja, a terem cuidado com o que comem e com as quantidades que ingerem durante a época festiva natalícia e reuniões familiares.