Novo Satélite Meteorológico já está em órbita!

Foi lançado no passado dia 7 o último de uma série de três satélites meteorológicos, o MetOp-C. O lançamento foi feito pela agência espacial europeia, ESA, a partir da base espacial europeia em Kourou, na Guiana Francesa.

Os satélites meteorológicos de órbita polar voam a cerca de 800 km de altitude.

Os satélites meteorológicos são indispensáveis no apoio à meteorologia na monitorização da atmosfera e da superfície do globo. Os dados obtidos que representam o estado da atmosfera a cada momento são utilizados nos modelos numéricos de previsão, contribuindo assim para a previsão do estado do tempo e melhorar o desempenho dos próprios modelos.

A nível mundial, é a OMM (Organização Meteorológica Mundial) que coordena o sistema geral de observação. EUA, Europa, Rússia, Índia, China e Japão contribuem para uma constelação virtual de satélites meteorológicos. Os satélites meteorológicos podem ser divididos em dois grupos diferentes em função da sua órbita.

Satélites de Órbita Polar e Geoestacionários

Os satélites de órbita polar têm uma órbita que passa quase pela vertical dos pólos, voando a uma altitude em geral inferior a 1000 km, enquanto que os satélites geoestacionários ou geossíncronos posicionam-se no plano equatorial a cerca de 35.786 km de altitude numa órbita calculada para que a velocidade de rotação angular do satélite em torno do globo seja idêntica à velocidade angular de rotação da terra.

Os dados obtidos dos satélites geoestacionários, por estarem mais longe da Terra, têm uma resolução menor do que os dos satélites de órbita polar mas por outro lado os instrumentos a bordo desses satélites observam sempre a mesma área do globo, enquanto que os de órbita polar apesar dos dados terem uma maior resolução a frequência dos dados da mesma região é bastante menor que a dos satélites geoestacionários. O primeiro satélite meteorológico, um satélite de órbita polar, o TIROS (Television Infrared Observation Satellite), foi lançado pelos Estados Unidos a 1 de Abril de 1960.

Satélites geoestacionários e de órbita polar.

Série de Satélites de Órbita Polar – MetOp

O programa MetOp, constituído por 3 satélites meteorológicos em órbita polar, cujo último satélite foi lançado recentemente, resulta de uma colaboração europeia entre a Eumetsat (Organização Europeia para a Exploração dos Satélites Meteorológicos) e a ESA (Agência Espacial Europeia).

O funcionamento destes satélites, que constituem o Sistema Polar da Eumetsat, é gerido por esta organização, que faz o processamento e a distribuição dos dados a serem usados nas previsões do estado do tempo. Além deste Sistema Polar a Eumetsat gere os satélites geostacionários Meteosat, com cobertura total de maior parte da Europa.

A série de satélites MetOp é capaz de fornecer perfis de temperatura e humidade a partir de uma órbita relativamente próxima a 800 km de altitude. Estes novos dados irão ter o maior impacto na precisão das previsões meteorológicas. Os três satélites MetOp têm nove instrumentos principais o que permite observações globais da atmosfera, composição atmosférica, superfícies oceânicas e terrestres. Este conjunto de satélites meteorológicos tem como objectivo principal melhorar as previsões meteorológicas na Europa.

De acordo com estudos recentes citados pela ESA, o MetOp-A e o MetOp-B, em órbita desde 2006 e 2012, respetivamente, já reduziram em 27 % os erros nas previsões de um dia. Com o 3º satélite já em órbita pretende-se uma melhor previsão a mais dias de distância. Prevê-se que o MetOp-C garanta o fornecimento de dados até 2020. Entretanto está já a ser construída a próxima geração de satélites MetOp a serem lançados posteriormente.