Igualdade das mulheres e raparigas na ciência na sociedade

A 11 de Fevereiro celebra-se o Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência, mas como podem as mulheres contribuir para o desenvolvimento sustentável? Que mulheres deixaram uma marca na história da ciência? Descubra as respostas abaixo.

Agrónoma a verificar a saúde das culturas
O papel da mulher é fundamental para a adaptação às alterações climáticas e ao progresso do desenvolvimento sustentável do planeta. A sua participação em todas as áreas é essencial.

Em 2015, a Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) estabeleceu que a 11 de Fevereiro de cada ano, o Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência seria comemorado. No âmbito da resolução aprovada a 22 de Dezembro de 2015, destacam-se dois pontos importantes.

Em primeiro lugar, entende-se que a igualdade (equidade) de género e o empoderamento das mulheres e raparigas, é de importância primordial para os progressos estabelecidos de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030. Em segundo lugar, as mulheres representam metade da população mundial, mas, continuam excluídas da tomada de decisões económicas.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), é imprescindível explorar os talentos das pessoas para enfrentar todas as consequências geradas pelo aquecimento global. Portanto, uma pedra angular é a incorporação da mulher em todos os aspetos da vida quotidiana: saúde, educação, política, economia, investigação, entre outros.
Ao construir este caminho, a UNESCO tem 2 pontes para uma visão sustentável. Em primeiro lugar, a igualdade de género na ciência e engenharia. E, em segundo lugar, um programa chamado "Breaking through the media". Provavelmente, também pode surgir a questão: Como podem as mulheres na ciência contribuir?

A diferença está no cérebro

A investigação "Neuropsicologia e género", publicada na Revista da Associação Espanhola de Neuropsiquiatria (RAEN), revela algumas qualidades das mulheres a este nível. Por exemplo, as mulheres são hábeis em testes de velocidade percetiva, identificando rapidamente os objetos correspondentes. Além disso, as mulheres têm uma maior fluência nas ideias e testes verbais.

Rapariga a construir um robot
Para além de terem excelentes capacidades manuais, as mulheres têm uma excelente capacidade para efetuar cálculos matemáticos.

A investigação também destaca o sucesso das mulheres em competências manuais. Isto acontece porque o género feminino possui uma maior motricidade fina. E, como se isso não bastasse, as mulheres são excelentes nos cálculos matemáticos. Todas estas qualidades são tremendas ferramentas para incorporar no desenvolvimento sustentável do nosso planeta.

Mulheres na história da ciência

Comecemos por Hipátia de Alexandria, filósofa grega nascida no Egito, que melhorou consideravelmente o astrolábio. Ada Lovelace, com uma visão futurista percebeu que o computador não só seria utilizado para aritmética, como também para outras funções, tais como a composição musical. Marie Curie, a mulher que descobriu que a energia provinha dos próprios átomos, um fenómeno que ela chamou de radioatividade. Além disso, Marie Curie foi a primeira pessoa a ganhar 2 Prémios Nobel: Física e Química.

Mária Telkes trabalhou no campo do armazenamento de energia solar. Rachel Carson, foi uma eminente bióloga marinha que escreveu o livro "Primavera silenciosa", que deu a conhecer os problemas causados pelos pesticidas no ambiente. Jennifer Doudna, nascida em 1964, descobriu que podiam ser feitas modificações genéticas para prevenir doenças hereditárias.

Artemis 2024: o plano da NASA de regresso à Lua e levar a primeira mulher ao nosso satélite natural.

A lista continuará a crescer à medida que as mulheres tenham maiores possibilidades e financiamento para fazer ciência. Além disso, o papel da mulher é fundamental para gerar novos conhecimentos e tecnologias para as gerações futuras. Trabalhando em conjunto, pode-se criar um novo sistema para enfrentar o atual cenário planetário: alterações climáticas e pandemia.