Chuva de estrelas Perseidas ilumina os céus noturnos de agosto

Este fenómeno astronómico poderá ser vislumbrado nos céus portugueses até ao fim de agosto, o “mês do meteoro”. Contudo, o auge desta “famosa chuva” é já nesta semana. Fique a saber tudo connosco!

Chuva de estrelas
Fenómeno visível a olho nu no céu limpo de agosto.

A “chuva de estrelas” Perseidas, ilumina os céus noturnos dos meses de verão há mais de dois mil anos, já que é nesta altura que a órbita terrestre se cruza com o rasto das poeiras deixadas pelo cometa Swift-Tuttle. Este cometa orbita em torno do Sol e completa uma volta a cada 133 anos. É considerado “o maior dos objetos próximo à Terra que cruza repetidamente a órbita” do planeta. O período de visibilidade deste fenómeno decorre entre o dia 17 de julho e o dia 24 de agosto.

O rasto, as linhas de luz que cruzam o céu, são um espetáculo digno de registo.

Segundo o Observatório Astronómico de Lisboa, o expoente máximo deste fenómeno será hoje, quarta-feira, dia 12 de agosto, entre as 14h e as 17h, sendo assim impossível de assistir em território nacional. No entanto, segundo a mesma fonte, a melhor altura para assistir a este fenómeno em território português, será entre as 22h do dia 12 e as 00h30 do dia 13, antes do nascimento da lua. A esta hora deve olhar para Nordeste onde se erguerá acima do horizonte a constelação de Perseus.

Durante esta semana, os céus noturnos vão ser atravessados, em média, por 110 meteoros por hora. Os meteoros são assim designados quando as poeiras cósmicas interagem com a atmosfera terrestre. Estas poeiras, de pequenas dimensões, atravessam as camadas externas da nossa atmosfera a velocidades de cerca de 59 km/s, ou seja, superiores a 200 000 km/h, desintegrando-se e tornando-se incandescentes. O rasto, as linhas de luz que atravessam o céu, são um espetáculo digno de registo.

Onde melhor podemos observar este fenómeno?

Os melhores locais para assistir a este fenómeno são onde a poluição luminosa é menor, ou seja, em locais onde há pouca iluminação artificial. É sempre importante salientar que, tendo em conta a situação pandémica, devem evitar-se aglomerações. Apesar deste fenómeno ser perfeitamente visível a olho nu, a utilização de equipamentos como binóculos e telescópios pode maximizar a experiência.

Até ao fim de agosto, podemos contar com um fenómeno semelhante que decorre em paralelo com este. A chuva de meteoros Aquáridas será visível no céu noturno até ao dia 23 de agosto. Este fenómeno pode observar-se principalmente na segunda metade da noite e vai contar com um número de meteoros por hora, em média, de cerca de 25. A designação de Aquáridas deve-se ao facto de os traços das estrelas cadentes aparentarem sair dum ponto da constelação Aquário.