Avanço na ciência interplanetária a partir de telescópios espaciais da NASA

Durante esta semana, ocorreram grandes avanços na ciência interplanetária. O Telescópio Espacial Hubble revelou uma enigmática explosão cósmica e uma operação do Telescópio Espacial Hubble e James Webb permitiu observar e esmagar um alvo celestial. Saiba mais aqui!

Hubble James Webb asteroide estrela jovem
Esta foi uma semana de grandes avanços no conhecimento interplanetário por parte da NASA/ESA.

Esta foi uma semana de boas notícias por parte da NASA relativamente ao conhecimento interplanetário. Ficou-se a saber que uma camada espessa de gás e poeiras envolve uma estrela jovem e brilhante a mais de 9000 anos-luz de distância da constelação de Taurus numa imagem do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA.

Por outro lado, numa operação conjunta entre o Telescópio Espacial Hubble e o James Webb da mesma entidade, foram capturadas imagens únicas da destruição de uma espaçonave num pequeno asteroide.

Rutura de um sistema estelar jovem e maciço é observado pelo Hubble

O objeto conhecido pelos astrónomos como IRAS 05506+2414 pode ser um exemplo de evento explosivo causado pela rutura de um sistema estelar jovem e maciço, de acordo com notícias oficiais da NASA. A Wide Field Camera 3 (WFC3) do Hubble avaliou um jovem objeto estelar, a mais de 9000 anos-luz de distância da constelação de Taurus.

Para medir a velocidade de afastamento do material relativamente à estrela, foram necessárias várias observações e uma análise da distância que o fluxo de saída percorre entre imagens sucessivas. Esta constatação permite agora aos astrónomos entender a formação e os primeiros tempos de vida de estrelas maciças.

Será assim possível determinar quão brilhante é uma estrela, quanta energia emite e a massa constituinte da estrela, informação importantíssima para perceber o fluxo incomum desta estrela brilhante num estado juvenil.

De facto, se normalmente os discos giratórios do material que cercam uma estrela jovem se canalizam para as saídas iguais de gás e poeiras das estrelas, no caso em concreto do IRAS 05506+2414, o material em forma de leque viaja a velocidades até 350 quilómetros por segundo, espelhando-se para o centro da imagem.

Capturadas primeiras imagens conjuntas do Hubble e James Webb numa operação única

Também nesta semana, numa operação conjunto entre o Telescópio Espacial Hubble e James Webb, foram capturadas imagens de uma experiência única da NASA, onde se procurou esmagar uma espaçonave num pequeno asteroide.

Tratou-se de um primeiro teste espacial para a defesa planetária. Estas observações do impacte do Double Asteroide Redirection Test (DART) tornaram-se num marco no avanço da investigação interplanetária, já que o Webb e o Hubble observaram em simultâneo o mesmo alvo celestial.

A 26 de setembro de 2022, o DART colidiu intencionalmente com o Dimorphos, a lua de asteroides no sistema de Didymos. Trata-se do primeiro ensaio internacional com a utilização da técnica de mitigação do impacte cinético, utilizando uma espaçonave para desviar um asteroide que não representa uma ameaça para o planeta Terra e modificando a órbita do objeto.

De qualquer forma, além do DART ser um teste para defender o nosso planeta de eventuais perigos de asteroides ou cometas, também há questões científicas por detrás da utilização conjunta dos dois telescópios espaciais, que poderão potenciar o conhecimento da composição e história do nosso Sistema Solar.