Tempo em Portugal no fim de semana da Páscoa: o temporal de chuva e neve associado à Depressão Nelson vai agravar-se

Nestes últimos dias da Semana da Páscoa o estado do tempo em Portugal continental, Açores e Madeira vai continuar instável, esperando-se um reforço da precipitação, sob a forma de chuva e de neve. As unidades territoriais portuguesas manter-se-ão sob a influência da Depressão Nelson, cujo centro continuará localizado a oeste da Irlanda.

No Sábado Santo (30) um centro de baixas pressões secundário desenvolver-se-á no noroeste da Península Ibérica, percorrendo o Golfo da Biscaia e produzindo um aumento da instabilidade atmosférica.

Durante a primeira metade do dia desta Sexta-feira Santa (29), uma frente produziu chuva abundante no Algarve e no Alentejo, sendo que no resto da geografia do Continente a precipitação abrandou em frequência e intensidade.

Contudo, a partir do início da tarde de hoje, o aparecimento de uma frente oclusa trouxe uma nova vaga de precipitação, sob a forma de aguaceiros por vezes fortes e acompanhados de granizo e trovoada. Houve queda de neve acima dos 1000 metros de altitude no Norte e no Centro e forte agitação marítima. O vento foi soprando de sudoeste moderado a forte.

Sábado Santo com guarda-chuva ‘en garde’

Nas primeiras horas da madrugada e até meio da manhã de Sábado Santo (30), o estado do tempo apresentará céu muito nublado e aguaceiros pós-frontais que poderão ser acompanhados de granizo e trovoada nalgumas zonas. Além disto, espera-se queda de neve acima dos 1000 metros de altitude em várias povoações e serras do Norte e Centro.

Entretanto, no decorrer da tarde, formar-se-á um centro de baixas pressões secundário associado à Depressão Nelson que percorrerá o Golfo da Biscaia. Este panorama resultará em períodos de chuva ou aguaceiros fortes mais prováveis e frequentes no Norte e Centro (zonas a norte do Tejo).

O tempo arrefecerá esperando-se uma descida generalizada das máximas e das mínimas numa grande parte da geografia do Continente.

Porém, nas últimas horas do dia e já nas primeiras horas de domingo de Páscoa (31), a maior probabilidade de ocorrência de precipitação está prevista para o Litoral Alentejano e na Costa Vicentina.

Domingo de Páscoa com chuva abundante no Alentejo e no Algarve

O Domingo de Páscoa (31) vai arrancar com períodos de chuva intensos no Sul de Portugal continental, nomeadamente no Alentejo (Portalegre, Évora, Beja), parte do distrito de Setúbal e também toda a região do Algarve (Faro). As restantes regiões do país também serão regadas, mas a precipitação será sob a forma de aguaceiros, menos frequente e mais dispersa.

Prevê-se novamente queda de neve acima dos 1000 metros de altitude para as principais serras e povoações das Regiões Norte e Centro. O período mais ativo de precipitação no Domingo de Páscoa (31) para todo o país ocorrerá entre a meia-noite (00:00) e as 11:00.

Do meio-dia (12:00) até ao final do Domingo de Páscoa a instabilidade atmosférica diminuirá de maneira acentuada, o que resultará numa substancial melhoria das condições meteorológicas, com boas abertas, durante o período da tarde e noite na grande maioria das regiões de Portugal continental.

O ambiente manter-se-á frio e invernoso, sem grandes variações previstas para as temperaturas, ainda que esteja prevista uma ligeira subida das temperaturas diurnas na Região Norte. Mesmo assim, ao final da noite do Domingo de Páscoa, a precipitação reativar-se-á no Minho e Douro Litoral, possivelmente entre as 20:00 e a meia-noite.

Já na segunda-feira de Pascoela (1) a instabilidade atmosférica manter-se-á, mas terá tendência a diminuir. Preveem-se aguaceiros fracos para a Região Norte e Centro, que serão mais prováveis e frequentes no Noroeste de Portugal continental, sobretudo durante a primeira metade do dia. Espera-se novamente queda de neve nas principais cadeias montanhosas do Norte e Centro nas primeiras horas de segunda-feira de Pascoela, acima dos 800 metros de altitude.

No entanto, a precipitação terá tendência a ser cada vez mais dispersa à medida que as horas forem passando. De um modo geral, espera-se uma ligeira subida das temperaturas máximas.