Tempo da próxima semana em Portugal: gota fria trará aguaceiros fortes e trovoada, depois uma mudança radical!

Uma gota fria vai entrar por Portugal continental adentro no início da próxima semana, deslocando-se gradualmente para leste até ao Mediterrâneo. Pelo caminho deixará aguaceiros fortes, trovoada e granizo. E a seguir, o que virá? Consulte a previsão!

Depressão Oscar; previsão do tempo; Portugal
Após Oscar, espera-se ainda a passagem de uma gota fria por Portugal continental. Em que regiões e até quando? E depois disso, o que poderá vir?

Ao longo deste fim de semana o estado do tempo estará condicionado por nuvens e por aguaceiros irregulares produzidos pela depressão Oscar, ainda ativa no Atlântico, mas já em clara fase de dissipação. Os aguaceiros e a trovoada serão mais dispersos e menos frequentes do que nestes últimos dias, mas podem continuar a ser fortes, especialmente nas regiões a norte do Mondego e Serra da Estrela.

Esta situação meteorológica irá manter-se durante os primeiros dias da próxima semana - apesar da gradual dissipação de Oscar - pois será causada por uma pequena gota fria (ou depressão isolada em altitude e remanescente de Oscar) que se aproximará de Portugal continental a partir de domingo (11).

Para as últimas horas de domingo (11), mas sobretudo a partir de segunda, 12 de junho, esta gota fria chegará a Portugal continental pelo oeste (desde o Atlântico), reativando os aguaceiros e as trovoadas, sobretudo na Região Norte - onde poderão ser localmente fortes. Ainda assim, a precipitação poderá alcançar qualquer ponto do território, inclusive Alentejo e Algarve.

Na terça (13) espera-se uma gradual diminuição da instabilidade meteorológica, dado que a gota fria - posicionada sobre o interior da Península Ibérica - irá progressivamente deslocar-se para leste. Nas regiões do interior ainda poderá ocorrer precipitação de carácter tormentoso localmente forte. Para quarta-feira (14) a gota fria já estará longe, ao incorporar-se, muito provavelmente, de novo na circulação geral da atmosfera.

Para o decorrer da segunda metade da semana, espera-se o aparecimento de uma crista anticiclónica pelo oeste do Continente que galgará terreno pela nossa geografia, sobretudo nas regiões a sul do Tejo. Serão dias mais estáveis, mas também mais quentes. Prevê-se, assim, um período com condições meteorológicas de pleno verão e chuva escassa ou nula de norte a sul de Portugal.

O aparecimento desta crista anticiclónica estimulará o processo de subsidência do ar e o aquecimento gradual da massa de ar sobre Portugal continental devido à já forte radiação solar nesta altura do ano. Pode mesmo dizer-se que a Península Ibérica, ao ser um “mini-continente”, gerará a sua própria massa de ar quente continental.

Aguaceiros, por vezes fortes, entre segunda e terça, bem como possibilidade de trovoada e granizo

Tendo em conta este possível panorama meteorológico resta esperar que a próxima semana inicie com aguaceiros e trovoada, possíveis de acontecer em qualquer ponto da geografia de Portugal continental. Ainda assim, as previsões sugerem que a precipitação será mais provável e intensa na Região Norte e em pontos do Centro, desde que a norte da Serra da Estrela. À superfície, estarão reunidas as condições favoráveis à ocorrência de fenómenos potencialmente severos, mas de maneira local e irregular.

Não se descarta queda de granizo, bem como fortes rajadas de vento. A instabilidade meteorológica deverá durar, aproximadamente, entre as últimas horas de domingo (11), durante todo o dia de segunda (12) e a primeira metade de terça-feira (13). Ainda assim, e sobretudo nas regiões do interior, poderão cair aguaceiros, por vezes sob a forma de granizo e acompanhados de trovoada.

Calor de verão a partir de quarta

Em primeiro lugar saliente-se que, tal como nas semanas anteriores, a próxima semana não irá registar, em momento algum, valores de temperatura extraordinários ou fora do normal para a época do ano. Contudo, aquilo que irá efetivamente acontecer é que o nosso país viverá uma subida considerável da temperatura ao longo da semana: de uns valores térmicos normais ou ligeiramente abaixo da média para um mês de junho, transitar-se-á para valores inegavelmente quentes, mas sem extremos.

A subida da temperatura será particularmente percetível nos valores de máxima, que poderão atingir os 35 ºC no vale do Guadiana (Baixo Alentejo) e rondar os 30 ºC ou um pouco mais noutras áreas do Centro e Sul do país (distritos de Coimbra, Castelo Branco, Santarém, Lisboa, Setúbal, o Alentejo inteiro e Faro). Tudo indica que este estado do tempo se mantenha também no fim de semana de 17 e 18 de junho, apesar da possibilidade do enfraquecimento da crista anticiclónica no final da semana que vem.

De acordo com o nosso modelo de referência e tendo em conta o acima referido, há portanto, uma tendência para a aproximação de novas depressões a longo prazo bem como a manutenção do anticiclone de bloqueio em redor das Ilhas Britânicas. Ainda assim, a incerteza a tão grande distância temporal é elevadíssima.