O tempo em agosto, será de frio no rosto?

Vamos ter dias de calor, naturalmente, mas o nosso modelo de referência não antecipa períodos de temperaturas anormalmente quentes e, além disso, alguns dias serão preenchidos por chuva e atividade elétrica. Será agosto de frio no rosto? Confira a previsão!

praia; vento; céu nublado; fresco; frio
Um arranque de agosto atípico é o que temos por diante. Para além das habituais nortadas, o tempo mais fresco que o habitual vai-se fazer sentir de uma forma praticamente generalizada.

Este sábado, 31 de julho, arrancou fresco e com períodos nublados, ficando inevitavelmente marcado pela descida acentuada das temperaturas em todo o país e pelo surgimento de alguns chuviscos no nordeste transmontano. A invasão de uma massa de ar fria procedente de latitudes setentrionais e as fortes nortadas traduzem-se no tempo forçosamente fresco que estamos a sentir este sábado numa toada que se manterá também amanhã.

Este cenário meteorológico será mais evidente nas Regiões Norte e Centro, e de forma mais suave na Região Sul. Em todo o país o tempo arrefeceu, prevendo-se máximas de 20 ºC para o Porto, 21 ºC em Coimbra, 23 ºC em Lisboa e 26/27 ºC em Castelo Branco, Portalegre e Évora. Apenas no Algarve, o termómetro estará em torno dos 30 ºC.

Agosto vai começar com tempo variável

A primeira semana de agosto será caracterizada por situações oscilantes. Amanhã, dia 1, assinala-se o regresso da chuva a alguns pontos de Portugal Continental. Uma frente atlântica começará por aproximar-se do Minho, transportando nebulosidade e chuviscos que se estenderão também até ao Douro Litoral (Porto) e, ocasionalmente, ao litoral das regiões de Coimbra e Leiria. No resto do país, não é esperada precipitação e o ambiente manter-se-á relativamente soalheiro. As temperaturas vão baixar no Minho, subindo de forma ligeira no resto do país, especialmente no interior. Nos Arquipélagos vão manter-se iguais. Esta situação poderá repetir-se noutros dias da semana, em especial na segunda-feira (2), e nos dias 5 e 6.

A primeira semana de agosto vai provavelmente registar precipitação acima da média em todo o país, bem como temperaturas mais frescas que o habitual.

Para a segunda semana, prevê-se um padrão atmosférico bastante distinto. Assim, com a imposição do anticiclone, a maioria do território continental luso estará meteorologicamente estável. Além disso, o sol marcará presença de forma mais assídua, sobretudo no interior, onde se espera uma subida evidente das temperaturas. Nalguns dias, o termómetro superará a marca dos 35 ºC, em regiões como a Beira Baixa, Alentejo e Algarve. Sim, fará calor nestas áreas, no entanto são valores térmicos absolutamente normais para a época do ano e, além disso, não se prolongarão durante demasiado tempo para que possamos sequer considerar possíveis ‘ondas de calor’.

Além do mais, em toda a faixa litoral, onde as temperaturas previstas para esta primeira quinzena serão abaixo do normal, o ambiente fresco, associado às típicas nortadas estivais, contribuirá para uma sensação térmica de tempo ameno. Portanto, é seguro declarar que agosto de 2021 decerto será ‘de frio no rosto’ em dois terços do país, se tivermos em conta as projeções do nosso modelo de referência. Exceção feita ao Alentejo Central e Baixo Alentejo.

Quanto à precipitação, se realmente ocorrer, será fraca e mais provável a norte do Cabo Mondego. Aliás, no interior Norte, poderá inclusive desenvolver-se atividade elétrica.

Os indícios podem mudar, mas o verão climatológico deve terminar sem ondas de calor

Na segunda quinzena a canícula já terá terminado oficialmente e embora ainda falte algum tempo para essa data, a conjuntura pode mudar. Em princípio, prevê-se que tanto no que concerne à temperatura como à precipitação os parâmetros se apresentem dentro do que é normal para a estação. Assim, é pouco provável que surja uma onda de calor e, aliás, não são de descartar novos eventos de chuva e trovoada.